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Leiloeira declara guerra a gestor de insolvência da dona do BES na falência da Prado
06/12/2019 13:16

Pedro Pidwell, o administrador de insolvência que tem sido selecionado para liderar alguns dos maiores processos de insolvência, como os da construtora Soares da Costa, o grupo de logística Urbanos, a "private equity" Finpro, o grupo Ricon (que detinha as lojas Gant no nosso país), da RS Holdings ("holding" do grupo Ongoing) ou da Espírito Santo Financial Portugal (a maior acionista do falido BES), também é o gestor judicial da Prado Karton, onde está a ser alvo de suspeitas lançadas pela anterior leiloeira desta empresa fundada em 1772 e que faliu há pouco mais de dois anos.
 
Depois de, em março passado, ter falhado o primeiro leilão da Prado Karton, que foi liderado pela leiloeira Domus Legis e onde apenas surgiram propostas de compra por parte de sucateiros, bastante abaixo do valor mínimo de três milhões de euros, um segundo leilão, desta vez coordenado pela LeiloSeabra, marcado para esta quinta-feira, 5 de dezembro, acabou por ser suspenso, à última hora, por ordem do tribunal de Santarém.
 
A suspensão do leilão, desta vez com o valor mínimo dos ativos a baixar para os 2,75 milhões de euros, teve como base um requerimento apresentado pela Domus Legis, que foi na ocasião lido pelo advogado da esmagadora maioria dos 70 ex-trabalhadores da Prado Karton.
 
"Com o intuito de ir ao encontro dos interesses da massa insolvente e respetivos credores, disponibilizou-se a aqui exponente para baixar o valor da sua comissão, propondo fixá-la em percentagem correspondente a 2% sobre o valor da venda da totalidade dos bens móveis e imóveis. Tudo no intuito de tornar mais apelativo o preço a pagar pelos potenciais interessados na aquisição dos bens em causa", alega a Domus Legis.
 
"Aconteceu, porém, que foi com estranheza que o senhor administrador de insolvência não só não respondeu à comunicação que lhe foi endereçada, e também a este tribunal, como deu autorização para que outra empresa leiloeira procedesse à publicitação do leilão presencial do ativo desta massa, estando tal leilão agendado para o próximo dia 5 de dezembro, sendo que o valor da comissão cobrada por esta é muito superior ao valor proposto pela aqui exponente, conforme condições de venda publicitadas", afirma a mesma leiloeira no mesmo requerimento.
 
De acordo com as condições de venda dos ativos da Prado Karton, apresentadas pela LeiloSeabra no suspenso leilão, caso fosse firmado um comprador a leiloeira teria direito a receber 10% do total no caso dos bens móveis e 5% nos imóveis, ambos acrescidos de IVA.  
 
Contactado pelo Negócios, o administrador de insolvência não quis comentar as acusações de que é alvo por parte da Domus Legis. "Os esclarecimentos serão prestados no processo", respondeu Pedro Pidwell.
 
O gestor judicial e a comissão de credores têm agora dez dias para se pronunciarem sobre esta matéria.
 
Pertenceu a Champalimaud, foi nacionalizada, passou pela Finpro e morreu às mãos da Atena
 
A Prado Karton, nome ganho em 2003, nasceu como fábrica de papel em 1772, no lugar do Prado, em Tomar, tendo em 1875 sido fusionada com a vizinha Penedo, situada na Lousã, dando lugar à Companhia do Papel do Prado.
 
Fez parte do universo Champalimaud. Foi nacionalizada em 1974, vindo a ficar parqueada na Portucel.
 
Reprivatizada em 1999, foi adquirida pela falida Finpro, que era controlada pelo Estado, Banif e grupo Amorim.
 
A massa falida desta "private equity" viria a vender a Companhia do Papel do Prado, em 2016, à capital de risco Atena, que detém, entre outras, a Malo Clinic e o grupo editorial Leya.
 
Tendo inicialmente suspendido a produção da Prado Karton por seis meses, os novos donos da Prado Karton injetaram "fundos de mais de dois milhões de euros" na empresa e desenvolveram "uma nova oferta de produtos de maior valor acrescentado da gama ‘kraft’ [tipo de papel]".
 
Mas eis que, um ano depois, a Atena atirou o papel ao chão e apresentou a Prado Karton à insolvência. A fábrica fechou a 30 de junho de 2017. No desemprego ficaram mais de 70 pessoas.
 
Faliu com dívidas de 11 milhões de euros, com a sua "irmã" Prado Cartolinas da Lousã – que se mantém em atividade, nas mãos da Atena – a constituir-se como a sua maior credora (4,8 milhões de euros). Seguem-se o Santander (dois milhões de euros) e a CGD (cerca de um milhão de euros).
 
Em sede de liquidação da Prado Karton, está em causa a venda de um complexo industrial que ocupa uma área superior a 50 hectares junto ao rio Nabão, tendo uma área coberta de mais de 25 mil metros quadrados.
 

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