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JB Capital Markets: "Vemos oportunidades de novas empresas no mercado português"
24/01/2020 17:37

O JB Capital Markets está otimista para a evolução do mercado de capitais português. O intermediário financeiro espanhol, que se registou como membro do mercado português para reforçar a presença em Portugal, espera mais operações de bolsa nos próximos anos e quer continuar a aumentar a cobertura das cotadas nacionais. O objetivo é cobrir todas as empresas do PSI-20.
"Vemos oportunidades de novas empresas no mercado", referiu Alberto García Elias, CEO da JB Capital Markets numa sessão que assinalou o registo do intermediário espanhol na Euronext Lisbon. O responsável mostrou-se otimista para o mercado português, pretendendo posicionar-se para participar nas operações que espera ver concretizar-se nos próximos anos.
Lançada em 2008, a sociedade financeira tem vindo a reforçar a aposta no mercado nacional nos últimos anos, tendo já participado em várias operações com cotadas nacionais. Recentemente participou como "market maker" no "dual listing" da Merlin em Lisboa, bem como tinha estado envolvido com o projeto de IPO da Sonae MC, adiado devido às condições de mercado.
Alberto García Elias vê "muitas oportunidades para trabalhar com empresas portuguesas em operações de mercado de capitais, particularmente em ações". O responsável quer trabalhar com empresas portuguesas e espanholas, ainda que recomende às companhias que escolham os seus próprios mercados para cotar.
"Recomendo às pequenas e médias empresas portuguesas que dispersem capital no mercado português e às espanholas que dispersem em Espanha", refere Garícia Elias. Ainda assim, admite que para companhias que como a Merlin têm ativos em Portugal pode fazer sentido escolher o mercado nacional para cotar.
Mais "research"
Uma das atividades da JB Capital Markets é a produção de "research". O intermediário espanhola acompanha atualmente 17 cotadas nacionais, 14 do PSI-20 e três do índice geral. No entanto, gostava de alargar a cobertura a outras cotadas em Lisboa.
"Gostaríamos de cobrir todo o índice", garante o CEO da JB Capital Markets. Com uma equipa de 15 pessoas, sete das quais portuguesas, a entidade não planeia, pelo menos num futuro próximo, abrir um escritório em Portugal.
"Pode fazer sentido no futuro mas não estamos a pensar nisso agora", conclui.