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Um mal chamado constrangimentos, uma medida com fumo e a conversa com Vieira Lopes
02/10/2023 07:30

Bom dia

O IAPMEI está com "constrangimentos pontuais de tesouraria", que têm levado a atrasos nos pagamentos referentes ao anterior quadro comunitário europeu. As estruturas intermédias do Ministério da Economia "estão em ‘overbooking’", avisa a associação empresarial minhota. "É inaceitável", criticam os metalúrgicos.

A inflação continua em rota decrescente na Zona Euro e, pela primeira vez em dois anos, um dos países da moeda única teve uma variação homóloga negativa: os Países Baixos. Por isso, os argumentos para se fazer uma pausa na subida dos juros ganham peso.

Ainda assim, o otimismo no Velho Continente é um bem escasso. Neste quadro, só 45% dos europeus esperam uma melhoria da situação financeira dentro de 12 meses, revela um inquérito da Intrum. Num cenário de perda de poder de compra, o agravamento das prestações da casa pressionam mais os países com muita exposição a taxa variável.

O Governo mostrou abertura para reduzir as tributações autónomas e abriu a porta a mexidas no IVA da construção, diz João Vieira Lopes. Na Conversa Capital, espaço de entrevista conjunto do Negócios e Antena 1, o presidente da CCP mostra-se disponível para discutir um aumento das metas salariais do acordo de rendimentos.

Segundo João Vieira Lopes é preciso encontrar um equilíbrio entre a redução da dívida e o reforço do investimento. "Com o crescimento a voltar aos 2% não vale a pena termos ilusões, não vamos ter convergência com  a Europa", refere o presidente da CCP.

Para ajudar quem quer deixar de fumar, o Governo anunciou que pretendia comparticipar medicamentos. No entanto, só existe atualmente um disponível no mercado indicado para a cessação tabágica e é de venda livre. Ou seja, a promessa do ministro da Saúda, Manuel Pizarro, esbarra numa inexistencia, e, desta forma, é inútil.

A Major, uma promotora imobiliária luso-brasileira quer duplicar os 500 milhões de euros de volume de negócio em cinco anos. Novas apostas são fundo de capital de risco no valor de 100 milhões e diversificação de atividade para a área da saúde.

As responsabilidades assumidas pelo Estado português para socorrer o sistema financeiro permanecem, mais de uma década após as primeiras intervenções, as quartas mais elevadas do espaço do euro, representando um décimo da divida.