O crescimento dos intermediários de crédito, a IA e o Orçamento para 2025
09/09/2024 07:01
Bom dia,
Nos empréstimos para comprar carro domina e na habitação está a crescer cada vez mais. A atividade de intermediação de crédito duplicou em Portugal desde 2018 e o Banco de Portugal (BdP) está a avançar com novas regras que põem fim a um vazio regulatório. Há cinco anos, eram cerca de três mil registados na base do supervisor, agora a Associação Nacional Intermediários Crédito Autorizados (ANICA) aponta para seis mil. A partir de 2025 há restrições à publicidade, o que o setor vê como positivo pela uniformização que traz. Pede, contudo, maior clareza. "Concordamos que tem de haver regras claras, mas temos de ser concisos - quais são os termos, o que pode ou não ser dito - e não genéricos", diz ao Negócios Tiago Vilaça, presidente da ANICA em reação ao documento do Banco de Portugal que foi colocado em consulta pública na semana passada. Em causa está um projeto de aviso sobre as regras da publicidade a produtos e serviços financeiros supervisionados pelo BdP.
Falta um mês para a apresentação do Orçamento do Estado para 2025 e as posições para um entendimento estão longe se aproximarem, mas para a esmagadora maioria dos inquiridos da sondagem da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV querem que o Governo tente negociar a viabilização do documento e, se tal não acontecer, apresentar uma nova versão. De acordo com o barómetro de agosto, mais de 60% dos portugueses preferem que o Executivo avance com uma nova proposta de lei na Assembleia da República a voltar às urnas com eleições antecipadas. Apenas perto de um quarto opta pela uma demissão do Governo (23,7%) e uma pequena minoria, de 9%, aponta para uma gestão do Estado em duodécimos. Os resultados desta sondagem, realizada entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro, aproximam-se muito dos dados do último barómetro, em que o trabalho de recolha decorreu no final de julho. Mas desta vez, já o discurso político à volta da discussão do Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), estava mais extremado.
O esclarecimento da Autoridade Tributária sobre a isenção de IRS aos prémios até 4.100 euros atribuídos a título de distribuição de lucros de 2023 ainda deixou uma dúvida aos fiscalistas: o que fazer no caso em que esse bónus já foi pago antes desta explicação do Fisco? A questão levantada pela sociedade de advogados Cuatrecasas fundamenta-se no facto de "na grande maioria dos casos" o pagamento das chamadas "gratificações de balanço relativas ao exercício de 2023" ter ocorrido "no primeiro semestre de 2024." Para Tiago Martins de Oliveira, associado da Cuatrecasas, faltou esclarecer esta parte, apesar de elogiar a utilidade do ofício da Autoridade Tributária (AT). Então o que pode ser feito nestes casos? "As empresas podem apresentar uma declaração de substituição e resolver por essa via", sugere Tiago Martins de Oliveira. Assim, as empresas não terão de, em dezembro deste ano, depois de verificados os critérios, fazer as correções para devolver os montantes eventuais de retenções na fonte de IRS já efetuadas.
Já são quatros os mestrados portugueses entre os melhores do mundo em Gestão. A edição deste ano do "ranking" "Masters in Management" do Financial Times (FT) coloca mais uma escola portuguesa entre as 100 melhores para se tirar um mestrado nesta área. Trata-se da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), que entra na lista onde constam também a Nova School of Business and Economics (Nova SBE), a Católica Lisbon School of Business & Economics e o Iscte. Na lista publicada anualmente pelo FT com base na análise de 19 indicadores, a FEP entra diretamente para 70.º lugar, destacando-se no retorno do investimento académico – os alunos recuperam mais rapidamente o valor investido em formação, atendendo aos salários atuais e à duração do curso e propinas –, progressão na carreira e igualdade de género entre estudantes e corpo docente.
Nesta edição, uma entrevista sobre Inteligência Artificial e os impactos no mercado laboral. Pedro Domingos, professor de Ciências da Computação na Universidade de Washington, costuma dizer meio a brincar que a IA é a vingança da classe operária. "As primeiras vítimas da automatização, há 200 anos, foram as pessoas da classe trabalhadora e do setor agrícola. Agora, chegou a vez de a burguesia ver o seu trabalho automatizado", aponta o autor do livro "A Revolução do Algoritmo Mestre". Mas não está pessimista em relação ao que aí vem. Pelo contrário, acredita que, a longo prazo, a inteligência artificial vai produzir vencedores em grande escala. "Temos é de ser nós a comandá-la", enfatiza. Estes e outros tópicos serão debatidos na conferência de aniversário do Negócios, dia 7 de novembro, este ano dedicada à IA.
Boas leituras e bom arranque de semana,
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