Americana Exxon fora da corrida ao petróleo da Galp na Namíbia
09/09/2024 12:08
A petrolífera americana Exxon retirou-se da corrida para comprar metade (40%) da participação de 80% da Galp no projeto de exploração de petróleo na Namíbia, no complexo de Mopane, avança a agência Reuters esta segunda-feira, citando fontes conhecedoras do projeto.
No entanto, outras gigantes petrolíferas, como a Shell, Total Energies e Equinor, mantêm o seu interesse em entrar como parceiras da Galp no país africano, refere também a Reuters. Quantos às razões para a retirada da Exxon não foram identificadas.
Contactadas pela Bloomberg, a Exxon e a Galp não quiseram prestar declarações.
Na última apresentação de resultados, em julho, o CEO da Galp, Filipe Silva, revelou que a petrolífera estava já a levar a cabo "discussões preliminares" com potenciais parceiros para o projeto na Namíbia. Este ano a empresa anunciou descobertas de importante relevância comercial no país africano, onde detém 80% do projeto de exploração da área de Mopane. O objetivo é que um futuro parceiro assuma metade (40%) dessa participação.
O responsável anunciou também que a Galp vai perfurar o primeiro de mais quatro poços petrolíferos na Namíbia no quarto trimestre de 2024.
Apesar de revelar estas "discussões preliminares", Filipe Silva garantiu que não quer "apressar qualquer transação". "Podemos manter a posição atual posição enquanto trabalhamos para reduzir o risco. Vamos dar prioridade a um parceiro que permita desenvolver rapidamente o projeto. Queremos uma parceria real para desenvolver o projeto de Mopane", disse o CEO, acrescentando que, para já, os trabalhos de perfuração estarão concentrados nesta região. "Não estamos ainda a olhar para o norte do complexo".
Quanto ao investimento nos trabalhos exploratórios, disse que não se deve extrapolar o custo dos dois primeiros poços para mais quatro poços. "Vai ficando cada vez mais barato por poço", disse. Ainda assim, garantiu que os números do investimento da empresa serão revistos. "Vamos gerir os dois processos [perfuração de poços e nova parceria] de forma separada, mas em paralelo".
Questionado sobre se a empresa poderia recuar na intenção de perfurar mais poços na Namíbia, Filipe Silva disse que para os dois primeiros poços a decisão é "irreversível". No entanto, para 2025 haverá "maior flexibilidade" nos planos. "Queremos reduzir riscos o mais rapidamente possível. No primeiro e segundo poços não vamos mudar o que temos em mente".
"São os primeiros tempos deste projeto na Namíbia, mas para já está a correr bem", disse ainda Filipe Silva, garantindo que as conversações com o Governo da Namíbia e com os atuais parceiros têm corrido bem.
Do lado das empresas interessadas, avançaram para a corrida gigantes energéticas mundiais como a americana Exxon Mobil e a britânica Shell já disseram que vão concorrer para ficar com parte do projeto de Mopane, bem como a francesa Total Energias e a norueguesa Equinor.
Com base nas mais recentes estimativas da própria Galp, de que o projeto petrolífero na Namíbia poderá conter reservas de 10 mil milhões barris de petróleo equivalente para todo o complexo de Mopane, a descoberta está avaliada em "20 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros ao câmbio atual), ou potencialmente mais", disseram as fontes citadas pela Bloomberg.
Para 2024, Filipe Silva apontou um valor a rondar os 150 milhões de euros para continuar a realizar perfurações na região de Mopane, a 200 quilómetros da costa namibiana. Para a campanha de prospeção petrolífera naquele território, o responsável previu um investimento total de 200 a 300 milhões de euros. O CEO garante que a empresa "vai manter uma posição elevada" no consórcio.
Depois das duas primeiras perfurações, estão previstos mais quatro furos em novos poços. "O capital necessário para o desenvolvimento do projeto da Namíbia será financiado pelo nosso novo parceiro", o que deverá acontecer "no final de 2024, início de 2025". O CEO não revelou se esta parceria já está ou não decidida. Sobre uma potencial entrada em produção, falou do "final da década", dizendo que "ainda é cedo para fazer previsões".
"O investimento nas perfurações dos dois poços foi menor do que esperávamos. Para já, as exigências de ‘capex’ são leves e não é esperado que o financiamento futuro seja feito pela Galp. Por isso, vamos reduzir a nossa participação de 80% para uma percentagem mais baixa", disse.
Dona da Novo Nordisk investe 40 milhões num computador quântico
20/07/2025 18:00
Montenegro diz que o Governo não tem "fantasmas" e critica quem procura descobrir perturbações
20/07/2025 17:44
PCP pediu audiência ao Presidente da República sobre situação do país "preso por arames"
20/07/2025 16:44
Vai viajar para fora de Portugal? Atenção ao roaming
20/07/2025 16:00
Banco Mundial anuncia parceria de cinco anos com Moçambique
20/07/2025 15:07
Passageiros atiram-se ao mar após incêndio em barco na Indonésia
20/07/2025 14:45
Turistas surpreendidos com a "magia" das erupções vulcânicas na Islândia
20/07/2025 14:40
Montenegro anuncia sucessor de Centeno na quinta-feira
20/07/2025 13:40
Livros para as férias - Parte III
20/07/2025 13:00
Montenegro diz que PR vai exercer o papel que a Constituição lhe confere na lei da imigração
20/07/2025 12:31
Associação de Emergência Médica pede demissão do presidente do INEM
20/07/2025 12:00
África é rica em energia solar, mas pobre em investimentos, alerta a ONU
20/07/2025 11:18
Canal NOW sempre a subir com melhor resultado de sempre este sábado
20/07/2025 11:11
Lei da greve: Governo "está a tentar legislar para responder às suas fragilidades"
20/07/2025 11:00
Empresas do ambiente pedem aumento das tarifas da água e fim dos subsídios
20/07/2025 10:23
Quem o matou?
20/07/2025 10:00
Fraudes com números de telefone mais do que duplicam em 2025 e Anacom quer nova lei
20/07/2025 09:54
"Luís Montenegro acaba de fazer uma aliança efetiva com a extrema-direita"
19/07/2025 21:00
Mariana Leitão eleita presidente da Iniciativa Liberal com 73% dos votos
19/07/2025 20:45
Gulf Med culpa Governo e INEM por atrasos no concurso de helicópteros de emergência
19/07/2025 20:17
Por favor leia o Acordo de Utilização e política de cookies :: Copyright © BiG :: Versão 3.0 :: Todos os direitos reservados :: bigonline é uma marca registada do BiG. O Banco de Investimento Global S.A. é uma instituição registada no Banco de Portugal sob o nº61, e na CMVM autorizada a prestar serviços de investimento constantes do nº 1 do Artigo 290 do CVM. Para qualquer informação adicional, contacte-nos via internet ou pelos telefones 21 330 53 72/9 (Chamada para a rede fixa nacional. O custo das comunicações depende do tarifário que tiver acordado com o seu operador de telecomunicações).