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Os reembolsos de IRS, os atrasos do PRR e o CEO da Galp Energia
07/01/2025 07:01
Bom dia.
Já lhe dissemos que as novas tabelas de retenção na fonte de IRS podem resultar num alívio mensal do imposto a pagar de até 25 euros por mês face aos valores que vigoraram no ano passado, de acordo com as simulações da PwC. Mas há mais: além do aumento do rendimento líquido, haverá também um reembolso maior no próximo ano.
A generalidade dos contribuintes dos diferentes escalões irá ver subir o valor de reembolsos a haver do Fisco em 2026 por conta do imposto adiantado.
Enquanto o Estado liberta mais algum rendimento às famílias, o pagamento aos beneficiários do PRR devia ser mais elevado. O "nível de transferências financeiras para beneficiários podia ser superior", diz Pedro Dominguinhos, o presidente da comissão de acompanhamento do PRR.
Dominguinhos concorda com Marcelo Rebelo de Sousa sobre a necessidade de acelerar a execução, assim como as confederações e associações empresariais que dizem ao Negócios estarem muito preocupadas com os atrasos. Acelerar é a palavra de ordem.
Se Portugal não começar a executar mais rapidamente pode perder verbas do PRR, mas isso não é uma inevitabilidade. A reprogramação poderá ser uma via para evitar um cenário de devolução de dinheiro. A economia portuguesa, que fechou o ano em quebra, agradece.
O que está a acelerar é a Alta Velocidade, mas tal como no primeiro concurso também neste segundo só há um consórcio na corrida. A Sacyr já tinha desistido, agora foi a vez da FCC ficar para trás, deixando a Mota-Engil novamente sozinha na concessão do troço entre Oiã e Soure.
Enquanto a Mota-Engil e as restantes empresas do consórcio se preparam para saber se ganham as obras deste troço, a Savannah procura assegurar terrenos essenciais para a exploração de lítio em Boticas. O Negócios sabe que a expropriação de centenas de terrenos vai mesmo avançar: em causa estão 472 parcelas nas freguesias de Covas do Barroso e Vilar e Viveiro (no concelho de Boticas, distrito de Vila Real), avaliadas em mais de três milhões de euros.
Do lítio para o petróleo, as atenções estão viradas para a Galp Energia, nomeadamente para o seu CEO. Filipe Silva já foi ouvido pela Comissão de Ética e Conduta sobre o alegado relacionamento com uma diretora da petrolífera portuguesa.
E porque é terça-feira, trazemos-lhe o Radar África, desta vez com um olhar sobre Moçambique. Venâncio Mondlane, o candidato derrotado que está prestes a regressar ao país, tem três fragilidades que o impedem de ser Presidente de Moçambique: não tem apoio dos militares, falta-lhe ser legitimado pela comunidade internacional e o seu próprio partido já está dividido.
Desejamos-lhe boas leituras (em papel, no site ou por via do Whatsapp do Negócios). E de segunda a sexta-feira, pode ainda acompanhar o programa televisivo do Negócios no NOW, disponível na posição 9.
Continuação de uma excelente semana.
