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Os combustíveis voltam a atacar, o primeiro dia de Trump e a ANA nos mercados
22/01/2025 07:01

Bom dia,

Começamos pelo óbvio, o primeiro dia de Trump na Casa Branca. Começou o mandato para fazer mossa, como já se previa, e decidiu partir para cima do acordo histórico que visava fixar um IRC mínimo na OCDE. A ameaça de uma eventual retaliação contra países que usem estas regras para taxar as multinacionais norte-americanas promete abrir uma severa guerra comercial.

Nos mercados o efeito Trump também se sentiu: as bolsas estiveram maioritariamente em alta, na Europa, Ásia e EUA, e o dólar recuperou terreno. O ouro continuou a brilhar, ao passo que os metais industriais recuaram.

Por cá, a semana segue marcada pela subida de preços dos combustíveis. O setor do transporte de mercadorias é um dos mais penalizados cada vez que o preço nas bombas dispara. As transportadoras já alertam para o "impacto brutal" que estas oscilações têm nas contas das empresas.

Só para ter ideia do efeito imediato, Gustavo Paulo Duarte, o rosto de uma das maiores empresas de camionagem do país, explica que cada vez que o preço nas bombas sobe 1 cêntimo, isso significa mais 200 euros nos encargos a pagar.

E porque é que tudo isto acontece? É verdade que o ISP subiu, mas o seu efeito é neutro do ponto de vista fiscal pela compensação que existe na descida da taxa de carbono. A explicação está nos mercados e a equação é até simples de explicar: mais petróleo, menos dólar é igual a preços mais baixos. Ora espreite aqui o que isto significa.

Entretanto, também por cá, o dia ficou marcado pela ida de Centeno ao Parlamento, onde explicou quem são os consultores do Banco de Portugal que geraram controvérsia. De forma resumida, o governador explicou que têm salários de topo, estão quase na reforma e têm funções atribuídas.

Quem também passou pelo Parlamento foi o presidente da Parpública, desta feita para explicar o que aconteceu na Inapa que ditou a insolvência. José Realinho de Matos acredita que a empresa "deu um passo maior do que a perna" na Alemanha. Já o ex-CEO, Frederico Lupi, responsabilizou a empresa que gere as participações do Estado.

Fechado 2024, trazemos-lhe um balanço da corrida aos certificados de aforro. A procura por estes produtos de poupança foi 12 vezes superior ao esperado pelo Governo. As mudanças feitas em setembro passado parecem estar a dar frutos.

Quem esteve por Davos foi o CEO da EDP, Miguel Stilwell, que contrariou a ideia de que a empresa esteja a ter problemas nos Estados Unidos com a entrada de Trump na Casa Branca. A procura naquele país está a crescer, garante o gestor.

Boas leituras (em papel, no site ou no Whatsapp do Negócios) e não se esqueça de acompanhar o programa do Negócios no Now, às 10:15, de segunda a sexta-feira.

Continuação de uma excelente semana.