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Mais quatro reféns israelitas foram libertadas pelo Hamas
25/01/2025 11:04

Quatro soldados israelitas mantidas reféns pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023 foram entregues este sábado, pouco depois das 11:00 locais (9:00 em Lisboa), ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), como parte do acordo de trégua.

As jovens, em uniformes cáqui, foram expostas pela primeira vez durante alguns segundos num pódio em Gaza, montado para a ocasião pelo Hamas, diante de dezenas de combatentes armados do Hamas e da Jihad Islâmica e de centenas de residentes.

As quatro mulheres soldado – Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, as três com 20 anos, bem como Liri Albag, de 19 – vão ser transportadas imediatamente para Israel, que irá entregar ao Hamas 200 prisioneiros palestinianos.

Esta lista de 200 prisioneiros, alguns dos quais serão trazidos de volta para Gaza e outros para a Cisjordânia ocupada, inclui 120 condenados à prisão perpétua, entre os quais 70 devem ser exilados fora dos territórios palestinianos, disse uma fonte palestiniana, citada pela AFP.

As quatro mulheres soldado foram capturadas no ataque do Hamas em de outubro de 2023, que deu início à guerra. Na ocasião, foram transportadas para a base de Nahal Oz, perto da fronteira com Gaza, quando militantes palestinianos a invadiram, matando aí mais de 60 miliares.

As mulheres sequestradas serviam numa unidade de vigias encarregadas de monitorizar ameaças ao longo da fronteira.

Uma quinta mulher soldado da mesma unidade, Agam Berger, 20 anos, foi sequestrada com as outras quatro, mas não foi incluída na lista.

Quando o cessar-fogo começou, a 19 deste mês, três reféns mantidos pelos Hamas foram libertados em troca de 90 prisioneiros palestinianos, todos mulheres e crianças.

Ainda hoje espera-se que Israel liberte 200 prisioneiros, incluindo 120 que estão a cumprir penas perpétuas após serem condenados por ataques mortais contra israelitas, devendo provavelmente ser libertados em Gaza ou enviados para o exterior.

Os militares israelitas emitiram um comunicado este sábado a indicar que foram concluídos os preparativos para receber os reféns e fornecer-lhes cuidados médicos e apoio pessoal nos pontos de receção iniciais, sendo, depois, transferidos para hospitais, onde poderão reunir-se, paralelamente, com as respetivas famílias.

A trégua visa encerrar a guerra mais mortífera e destrutiva já travada entre Israel e o Hamas. O frágil acordo manteve-se até agora, silenciando ataques aéreos e foguetes e permitindo que mais ajuda fluísse para o pequeno território costeiro.

 

Na Praça dos Reféns de Tel Aviv, uma tela grande mostrou os rostos das quatro mulheres soldados que deveriam ser libertadas. Algumas na multidão empunhavam bandeiras israelitas, enquanto outras seguravam cartazes com os rostos dos reféns.

"Estou extremamente animado, eufórico. Num piscar de olhos, numa fração de segundo, as suas vidas vão virar de cabeça para baixo novamente, mas agora para um lado positivo e bom", afirmou Gili Roman, cuja irmã foi libertada no único outro cessar-fogo, em novembro, mas outro parente morreu em cativeiro.

O conflito começou com um ataque transfronteiriço liderado pelo Hamas a 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 250 reféns. Mais de 100 reféns foram libertados na trégua de uma semana no mês seguinte, mas dezenas permaneceram em cativeiro por mais de um ano sem contacto com o mundo exterior.

Israel acredita que pelo menos um terço dos mais de 90 sequestrados ainda dentro de Gaza foram mortos no ataque inicial ou morreram em cativeiro.

A guerra aérea e terrestre de Israel, uma das mais mortais e destrutivas em décadas, matou mais de 47.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde locais, que não dizem quantos eram militantes, sublinhando que mais de metade das vítimas mortais são mulheres e crianças.

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