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A inovação é um alicerce para a liderança de Portugal
31/01/2025 11:04

Para o dean da Nova SBE, Pedro Oliveira, a IA é a área com maior potencial para inovar e criar valor. 

Portugal precisa de apostar na inovação para se destacar na Europa e no mundo. Pedro Oliveira, dean da Nova SBE, avança que entre os desafios e oportunidades, a inteligência artificial assume um papel central na transformação do tecido económico, com potencial para impulsionar a produtividade e abrir novas fontes de receita. No entanto, o dean da Nova SBE alerta para a excessiva preocupação com a regulamentação em Portugal, em detrimento da exploração das inúmeras possibilidades que esta tecnologia pode oferecer.

Em entrevista, o professor catedrático reflete sobre como a academia pode aproximar-se do setor empresarial e como iniciativas como o Prémio Nacional de Inovação são fundamentais na promoção de uma cultura que alia talento, conhecimento e disrupção.

Que impacto pode ter a inovação no posicionamento competitivo de Portugal a nível global?
A inovação é o motor do crescimento sustentável e da competitividade global. Para Portugal, investir em inovação significa não apenas atrair mais investimento estrangeiro, mas também criar produtos e serviços de valor acrescentado e impacto real capazes de serem exportados. É através da inovação que conseguimos diferenciar-nos em mercados saturados, fortalecer setores estratégicos e preparar a nossa economia para responder aos desafios globais. Devemos olhar para este tema sob a importância do investimento num círculo virtuoso em que, ao criarmos condições para o desenvolvimento de trabalho qualificado, apoiado por estes hubs de inovação, estamos não só a atrair e reter talento (académico e não académico), que ajuda a gerar conhecimento e mais inovação, levando à repetição desse ciclo.

Como contribui a Nova SBE para o desenvolvimento de competências ligadas à inovação?
A Nova SBE tem desempenhado um papel central através de iniciativas e programas que combinam formação académica de excelência com uma ligação prática ao mundo empresarial. Um dos exemplos que posso destacar é o nosso Mestrado em Empreendedorismo e Inovação, que capacita os alunos com ferramentas para identificar oportunidades de mercado, criar modelos de negócio inovadores e implementar soluções com impacto positivo na sociedade. Este programa incorpora uma indispensável abordagem prática através de projetos reais, desenvolvidos em parceria com empresas de diferentes setores, o que permite aos nossos alunos aplicar o conhecimento teórico em contextos reais e desafiantes.
Além disso, o nosso campus é também a ‘casa’ do Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute (HEI), um dos nossos quatro institutos que representa o nosso apoio à inovação e ao empreendedorismo.

Qual o papel do Nova SBE Innovation Ecosystem?
É a nossa própria ‘bolha’ de inovação que reforça esta missão de apoio à inovação ao integrar diversos atores e iniciativas num espaço que facilita a colaboração e o desenvolvimento de ideias. Este ecossistema junta alunos, investigadores e líderes empresariais em projetos colaborativos. O objetivo é proporcionar as condições ideais para que a inovação ocorra de forma natural e contínua, impulsionando tanto o desenvolvimento individual quanto o crescimento organizacional. Por fim, também devo mencionar as Conferências do Estoril - um evento anual que se realiza no nosso campus e que junta líderes, diplomatas, pensadores, ativistas e personalidades das mais diferentes áreas de atuação com o intuito de debater o presente e olhar para o futuro.

Que setores de inovação serão mais desafiantes e promissores para as empresas portuguesas nos próximos anos?
Os próximos anos serão marcados, sem dúvida, pela rápida evolução da inteligência artificial (IA). A integração de IA em processos de negócio e na maioria dos setores vai impulsionar a produtividade, a rapidez e a melhoria da experiência do cliente e/ou utilizador e abrir novas fontes de receita. No meu ponto de vista, esta é a área com maior potencial para inovar e criar valor, sobretudo pelo potencial que ainda tem por ser explorado. Lamento, contudo, que a única preocupação em Portugal sobre a IA seja o tema da regulamentação, não explorando as variadas formas como podíamos aproveitar algo tão disruptivo para nos destacarmos enquanto país inovador e assegurar um lugar na vanguarda das novas tecnologias.

Qual é o papel das instituições académicas na ligação entre o setor empresarial e a inovação?
As instituições académicas são agentes catalisadores dessa ligação. Temos o dever de criar pontes entre o conhecimento científico e a aplicação prática, facilitando a colaboração entre investigadores, alunos e empresas. Aliás, esse é um dos nossos princípios académicos e que mais nos distingue. Na Nova SBE, promovemos esta simbiose natural entre o conhecimento académico e teórico com a aplicação prática desses conceitos no mundo corporativo ‘real’ através da nossa forte ligação às empresas. Estes novos talentos, apoiados pelas nossas equipas, ajudam a modernizar e a dinamizá-los através do impacto que a sua visão mais ampla dos conceitos de inovação traz às empresas a que se juntam.

Faltam mais iniciativas como o Prémio Nacional de Inovação Prémios como o Prémio Nacional de Inovação (PNI), da qual a nova SBE é knowledge partner, são "fundamentais para criar uma cultura de inovação sólida e transversal em Portugal", sustenta Pedro Oliveira. O dean da Nova SBE considera que ao celebrar e ao dar visibilidade a projetos disruptivos, estas iniciativas não só inspiram empresas e empreendedores, mas também criam uma perceção coletiva de que inovar deve ser uma prioridade estratégica para o país. "É a inovação que simplifica processos, amplia o potencial de outros ou que muda - tendencialmente para melhor - os nossos hábitos e formas de viver. Por isso, para a Nova SBE é de enorme importância estar associado a uma iniciativa desta importância e impacto".

Considerando que "este tipo de prémios reforça a ligação entre academia e empresas, destacando a importância do conhecimento académico aplicado ao contexto real", Pedro Oliveira salienta faltarem mais iniciativas desta natureza em Portugal - "espaços que apoiam projetos nas mais diferentes vertentes, deste o seu desenvolvimento/crescimento à comercialização, exposição a redes de network, burocracia, etc.".

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