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Estratégia para a água investe um quarto das verbas em 14 novas barragens
11/03/2025 09:00

Ano após ano, Portugal tem vindo a enfrentar períodos de seca que, em determinados períodos, é severa ou mesmo extrema. Apesar de várias tentativas de contrariar este cenário, a situação repete-se cada vez mais frequentemente, razão pela qual o Governo decidiu avançar com um plano para a gestão dos recursos hídricos. O "Água que Une" concentra uma série de medidas, com destaque para as barragens. Haverá 14 novos sistemas de retenção, mas também a modernização de estruturas já existentes.

Assiste-se à "crescente frequência de secas, agravada pelas alterações climáticas, aumenta o risco e a vulnerabilidade hídrica, gerando impactos económicos, sociais e ambientais significativos", refere o Executivo. É, por isso, "fundamental gerir a água enquanto recurso estratégico para garantir a preservação dos ecossistemas, a disponibilidade para consumo urbano, o desenvolvimento do território através das atividades económicas e a segurança alimentar".

É nesta base que, assente nas propostas de um grupo de trabalho constituído por representantes das Águas de Portugal, da APA, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, e da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o Governo apresentou 294 medidas para a gestão eficiente da água, sendo que 59 destas estão concentradas na construção de barragens, interligações e novos sistemas. E, no global, o Executivo avança com o estudo/construção de 14 novas barragens.

Estão em estudo/construção das barragens de Fagilde, Alportel, Terges e Cobres, Carreiras, Foupana, Laça, Fargela, Santulhão, Boavista, Cerejal, Maceiras, Veiga, lê-se no documento apresentado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, a que se juntam as do Alvito, no rio Ocresa, e a de Girabolhos. Estas duas últimas barragens em estudo terão de ser avaliadas juntamente com outras medidas, sendo que o objetivo será o de criar "estruturas de gestão especializadas, à semelhança da EDIA".

260Barragens
Portugal conta com cerca de 260 grandes barragens, com altura superior a 15 metros ou armazenamento superior a 1 hm3.

Com estas novas estruturas, o objetivo é o de reforçar em 508 hectómetros cúbicos (hm3) as disponibilidades de água para usos consumptivos, um volume de água a que se juntam 47 hm3 resultantes das obras previstas para barragens já em funcionamento. O Governo prevê o "alteamento e aumento da capacidade de barragens existentes", nomeadamente as da Vigia, Marechal Carmona, Meimoa, Pedrógão, Pinhão, Vila Chã, Sambade, Valtorno, Lucefecit, Alvito, Lapão e Odelouca.

Será possível, desta forma, aumentar em mais de 550 hm3 as disponibilidades de água que, atualmente, ascendem a 15.118 hm3, considerando a capacidade máxima das maiores barragens nacionais. O "Água que Une" contabiliza "cerca de 260 grandes barragens, com altura superior a 15 metros ou armazenamento superior a 1 hm3", refere o documento.

Investimento de 1,18 mil milhões

A construção destas novas barragens, mas também a renovação dos sistemas de retenção de água, terão custos expressivos. Do total de cinco mil milhões de euros de investimentos associados ao "Água que Une", a construção de novas barragens representará quase um quarto do valor total.

O Governo aponta para um investimento de 1,18 mil milhões de euros nas 14 novas unidades previstas, valor que cresce quando são consideradas as obras pretendidas nas restantes barragens já existentes. Só a construção da barragem de Fins Múltiplos de Girabolhos implica um custo de 300 milhões, enquanto o projeto da nova Barragem de Fagilde está estimado em 150 milhões de euros. Para o alteamento e aumento da capacidade das estruturas atuais é apontado um valor que ascende a 240 milhões de euros.

300Investimento
Dos 1,18 mil milhões de investimento em novas barragens, 300 são para a construção da barragem de Fins Múltiplos de Girabolhos.

Dos cinco mil milhões de euros, a investir até 2030, o Governo diz existirem cerca de dois mil milhões disponíveis através do PT2030, do PRR, do Fundo Ambiental, e do PEPAC, entre outros. E aponta para a possibilidade de existirem fontes de financiamento adicionais como empréstimos do Banco Europeu de Investimento, mas também de verbas da Águas de Portugal e de investidores privados.

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