Imagem de Montenegro cai para terreno negativo
11/03/2025 22:25
A crise política desencadeada em torno da empresa familiar do primeiro-ministro e que levaria Luís Montenegro a apresentar no Parlamento uma moção de confiança provocou uma quebra na imagem que os portugueses têm do líder social democrata, que caiu para terreno negativo.
Esta é uma das conclusões do barómetro de março da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV, que, numa escala de 1 a 5 (em que 1 é uma atuação muito negativa; 3 nem positiva nem negativa; e 5 muito positiva), coloca o líder social-democrata nos 2.7, abaixo dos 3 pontos registados nas duas anteriores sondagens, de novembro de 2024 e janeiro de 2025. Enquanto primeiro-ministro, Montenegro também cai, passando de 2.8 em janeiro para 2.7 agora em março.
Luís Montenegro destaca-se na queda, mas os inquiridos dão nota negativa a todos os líderes, à exceção de Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, que é o único a registar uma nota de 3, subindo face aos 2.7 de janeiro.
Já o líder do maior partido da oposição, Pedro Nuno Santos, fica no vermelho, tal como Montenegro, mas com uma classificação inferior, de 2.7, a mesma que havia tido em janeiro e, portanto, ainda sem capitalizar com o seu desempenho e intervenção na atual crise política.
André Ventura e Paulo Raimundo ficam-se pelos 2.3 pontos, sem grandes oscilações face a janeiro, e Rui Tavares, também à esquerda, passa de 2.7 para 2.8. Mariana Mortágua manteve-se em 2.4 e Inês Sousa Real passa de 2.5 para 2.6. Do lado direito do hemiciclo, Nuno Melo, do CDS-PP, passa de 2.4 para 2.5.
E de que forma estes resultados se materializariam se o país fosse já hoje chamado a ir às urnas para eleger um novo primeiro-ministro? Tal como o Negócios já avançou, a sondagem da Intercampus, conclui que o PS ficaria à frente da coligação que apoia o Executivo de Luís Montenegro, a Aliança Democrática (AD), com 25% das intenções de voto.
Os dados para este barómetro, refira-se, foram recolhidos já no período alto da crise política, entre os dias 4 e 10 de março, coincidindo com as duas moções de censura - a primeira de iniciativa do Chega e a segunda do PCP - e do anúncio pelo primeiro-ministro da apresentação de uma moção de confiança.
Contas feitas, face à sondagem efetuada em janeiro, a votação no partido liderado por Pedro Nuno Santos sobe ligeiramente face aos 24,7% registados então. O reforço é de 0,3 pontos percentuais. Já a AD cai quase um ponto percentual de 24,4% para 23,5%.
Apesar das oscilações registadas num caso e no outro, a margem de erro do presente barómetro é de 3,9%, pelo que o empate técnico entre os dois maiores partidos não se desfaz. E por isso, se as eleições fossem hoje, seria incerto o desfecho e, por outro lado, ficaria longe, para qualquer um dos dois, o cenário de, sozinhos, conseguirem uma maioria absoluta.
À direita, o Chega de André Ventura não capitaliza o momento de maior fragilidade do Governo de Luís Montenegro, mantendo a mesma votação face ao último barómetro: 15,2%. Já a IL, de Rui Rocha, consegue reforçar-se este mês, avançando nas intenções de voto de 6,1% para 7%. Contudo, num cenário de coligações para formação de Governo, a AD e a IL não conseguiriam ainda, segundo esta sondagem, ultrapassar a esquerda.
O Bloco cai 0,4 pontos nas intenções de voto face ao último barómetro, de 5,2% para 4,8%. Já a CDU mantém-se inalterada nos 3%, enquanto o Livre - que também tem vindo a ser apontado como possível parceiro de coligação do PS num cenário de legislativas antecipadas - reforça a votação face ao final de janeiro, de 3,4% para 3,9%. Contas feitas, a esquerda consegue quase 40% das intenções de voto, ficando à frente de uma aliança entre PSD, IL e CDS (30,5%).
Refira-se ainda que o PAN que segura os 3% do último inquérito e que os indecisos aumentam ligeiramente, de 12,3% para 12,7%.
FICHA TÉCNICA
Objetivo: Sondagem realizada pela Intercampus para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 620 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo/móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2023) da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. Os trabalhos de campo decorreram de 4 a 10 de março de 2025. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 3,9%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 60,8%.
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