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Dívida portuguesa está atrativa. Alemã é para vender, diz Barclays
19/03/2025 14:55

O Barclays está a recomendar aos investidores que deem preferência à dívida de Portugal em detrimento de obrigações da Alemanha. A solidez das finanças públicas nacionais está a reforçar a confiança dos investidores e poderá contribuir para uma redução do prémio de risco dos títulos de dívida portuguesa face às Bunds. De acordo com analistas do Barclays, a possibilidade de mais subidas no rating português servirá como um fator de apoio à valorização dos obrigações do Tesouro (OT).

"Enquanto os potenciais 'upgrades' fornecem algum suporte de médio prazo às OT, os Bunds alemães poderão continuar a enfrentar pressões para se tornarem relativamente mais baratos, à medida que a necessidade líquida de financiamento da Alemanha aumenta", indica uma nota de research, assinada pelo analista Max Kitson, publicada esta quarta-feira, a que a Bloomberg teve acesso.

O plano de financiamento alemão divulgado em dezembro projetava uma emissão líquida de cerca de 70 mil milhões de euros em obrigações para 2024. No entanto, os analistas do Barclays alertam que este valor poderá aumentar significativamente, atingindo até 150 mil milhões de euros anuais no futuro.

Esse aumento da oferta de Bunds - relacionado com o mega plano de investimento em defesa e infraestruturas - poderá pressionar os preços e, consequentemente, contribuir para a redução do diferencial de rendimentos face às OT, consideram os analistas. Atualmente, a "yield" das Bunds alemãs a 10 anos negoceia nos 2,803% e as pares portuguesas nos 3,301%, colocando o diferencial nos 49,8 pontos-base. Já a 15 anos este indicador de risco está em 48,1 pontos-base já que a "yield" nacional está nos 3,544% e a alemã nos 3,063%.

O Barclays antecipa um estreitamento do "spread" entre as obrigações portuguesas e alemãs a 15 anos até aos 40 pontos-base, estabelecendo um limite de segurança nos 67 pontos-base. Esta tendência reflete uma visão tática e de médio prazo favorável à dívida portuguesa, impulsionada pela robustez do rating do país e pela menor pressão relativa de novas emissões no mercado português.

"No geral, vemos tanto argumentos táticos quanto de médio prazo como favoráveis às OT face às Bunds, com um maior espaço para compressão no ponto dos 15 anos na curva de rendimentos", indica a nota.

Com um histórico recente de redução do défice e da dívida pública, bem como um crescimento económico sustentado, Portugal continua a consolidar a sua posição como um destino credível para os investidores em dívida soberana. Ainda assim, o contexto de crise política poderá pressionar o país. Na semana passada, a Fitch Ratings decidiu manter o rating de Portugal em A-, com perspetiva positiva, quando os analistas previam uma revisão em alta.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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