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Portugal é um dos três países da OCDE com maior redução da dívida empresarial desde 2008
20/03/2025 10:58

Portugal, Islândia e Irlanda foram os únicos países da OCDE que conseguiram uma redução substancial do rácio de endividamento das empresas desde a crise financeira de 2008, segundo um relatório da organização divulgado esta quarta-feira.

No Global Debt Report 2025, a organização económica indica que "apenas três países da OCDE viram uma desalavancagem substancial desde 2008: Islândia, Irlanda e Portugal, todos eles significativamente impactados pela crise financeira". Por outro lado, a maioria dos países da OCDE "tem visto um aumento na alavancagem ao longo do tempo: desde 2008, os rácios dívida/PIB aumentaram em 30 dos 38 países, em nove pontos percentuais na mediana dos países".

A OCDE indica também, neste relatório, que "em termos de rácios de necessidades de financiamento face ao PIB, o agregado da OCDE caiu em 2024 em comparação com 2023, apesar de ter aumentado em mais de metade dos países da OCDE durante este período". O destaque entre os maiores aumentos vai mesmo para Portugal, "devido ao aumento das despesas com pensões indexadas e cortes de impostos", nota a organização, salientando também Israel (devido ao conflito no Médio Oriente) e Colômbia (devido aos subsídios a serviços públicos e ao gasóleo, e isenções fiscais).

Já quanto às necessidades de refinanciamento da OCDE em relação ao PIB, estas cresceram em 2024, ainda que apenas 15 países tenham visto um aumento, incluindo grandes emissores como França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos. "Quedas nas necessidades de refinanciamento acima de dois pontos percentuais do PIB ocorreram no Luxemburgo e em Portugal", salienta a OCDE.

Rácio da dívida pública na OCDE cresce pela primeira vez desde 2020

O mesmo relatório dá ainda conta que os rácios da dívida pública voltaram a crescer em vários países da OCDE em 2024 - e a projeção é que se mantenha a trajetória de subida este ano. "Após um efeito temporário de amortecimento da inflação no rácio da dívida face ao PIB, essas proporções começaram a crescer novamente em vários países da OCDE" no ano passado, lê-se no relatório sobre a dívida global.

No agregado da OCDE, o rácio médio da dívida pública aumentou de 82% em 2023 para 84% em 2024, número que "está projetado para crescer ainda mais para 85% em 2025, mais de 10 pontos percentuais acima do verificado em 2019 e quase o dobro do nível de 2007".

Segundo a organização, a emissão de títulos soberanos em países da OCDE continuou a aumentar em 2024, ainda que num ritmo mais lento em comparação a 2023, sendo que "o aumento das necessidades de financiamento e os altos custos da dívida levaram os pagamentos de juros a uma parcela maior do PIB em 2024". "Esses dois fatores, combinados com a desaceleração do crescimento nominal do PIB, contribuíram para o primeiro aumento no rácio da dívida" do conjunto dos países da OCDE desde 2020.

Esta evolução marcou um "ponto de viragem nas tendências dos rácios da dívida, que estavam amplamente estáveis ou cresciam lentamente nos cinco anos anteriores à pandemia e estáveis ou em declínio nos anos imediatamente posteriores, entre 2021 e 2023.

A OCDE considera que "o mundo já mudou para um novo paradigma em termos de níveis de dívida, com governos e empresas a financiarem-se em aproximadamente 10 biliões de dólares a mais nos mercados a cada ano em comparação com o período pré-covid (2015-19) - maior do que o PIB combinado da Alemanha e do Japão". Além disso, os bancos centrais continuaram a reduzir as participações, o que levou a uma "maior dependência de uma base de investidores mais sensível ao preço".

Os dados mostram que investidores estrangeiros e famílias "assumiram uma fatia maior da dívida pública à medida que as participações do banco central diminuíram", numa altura em que as participações dos bancos centrais em títulos soberanos nacionais caíram de 29% em 2021 para 19% em 2024 no conjunto dos 25 países com mais dívida da OCDE.

A OCDE alerta ainda que os rácios de pagamento de juros em relação ao PIB continuaram a aumentar em 2024 e "aumentarão ainda mais se os custos dos empréstimos permanecerem

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