Ucrânia e tarifas fazem sombra às contas do PSI em 2025
21/03/2025 09:30
Os movimentos geopolíticos ou que deles derivam podem ter impactos nas contas das cotadas do PSI em 2025. Para a Jerónimo Martins (dona da cadeia polaca Biedronka), o fim da guerra na Ucrânia é uma "faca de dois gumes" já que "pode gerar maior confiança do consumidor, uma vez que os salários têm estado a aumentar, mas isso não se tem repercutido nas vendas", explica Carlos Pinto, gestor sénior de investimentos da Optimize Investment Partners em declarações ao Negócios. Por outro lado, "o gradual regresso dos cidadãos ucranianos às suas cidades natais" pode mexer com a faturação pela negativa.
Quem também está na Polónia é o BCP, que tem beneficiado da "forte capacidade de crescimento" do Millenium Bank, como descreve João Queiroz, "head of trading" do Banco Carregosa. A instituição financeira portuguesa poderá não só beneficiar de um aumento do crédito como parte do impacto de uma maior confiança do consumidor, como "por a Polónia estar muito dependente da Alemanha, se estivermos perante um plano massivo de investimento, o BCP, sendo um banco pode beneficiar", detalha Carlos Pinto.
Também a Mota-Engil poderá estar exposta, mas de forma diferente. Com as atenções viradas para as terras raras e os metais críticos da Ucrânia, depois do acordo entre Kiev e Washington, o gestor da Optimize não descarta que a construtora portuguesa "possa regressar à região através de concursos até por ter experiência em exploração de minerais em África". A Mota-Engil concluiu em finais de setembro do ano passado a venda da Mota-Engil Central Europe, que operava na Polónia.
O cenário de tarifas por parte dos Estados Unidos às importações de países da União Europeia poderá ter "um impacto indireto relevante nas contas da Corticeira Amorim", explica o gestor da Optimize. Particularmente se se vierem a confirmar as tarifas sobre as bebidas alcoólicas fabricadas no Velho Continente, um cenário de retaliação às tarifas que a UE poderia impor. A ameaça feita por Donald Trump em meados de março afirmava que estas taxas alfandegárias pudessem chegar aos 200%, no entanto, esse cenário parece estar a ser para já afastado, depois de a Comissão Europeia ter revelado que ia adiar essas tarifas até meados de abril.
O aumento das taxas alfandegárias poderá ter ainda impacto nas retalhistas. Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, afastou os receios e disse preferir esperar para ver o que vai decidir o Presidente dos Estados Unidos. "Vamos ver", disse, acrescentando que a estratégia da retalhista passa mais por compra local: "é na Polónia, é na Colômbia, é em Portugal".
Já o administrador financeiro da Sonae, João Dolores, foi menos otimista e admitiu que a eventual imposição de novas taxas alfandegárias tenha impactos em Portugal. Considerou, ainda assim, que o grupo tem atualmente "muito mais agilidade" para responder a "eventos imprevistos".
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