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"Enviámos garantias pré-aprovadas a 125 mil empresas", diz Gonçalo Regalado
23/03/2025 11:00

Para incentivar o investimento, o Banco Português de Fomento (BPF) enviou 125 mil garantias, pré-aprovadas, no valor de 24 milhões de euros, a micro e pequenas empresas. Para as grandes, Gonçalo Regalado promete maior rapidez na aprovação. Em vez de 49, o presidente do banco soberano garante resposta em sete dias.

Pedro Reis, ministro da Economia, lançou-lhe um conjunto de desafios quando tomou posse. Identifica-se com estes desafios?

O BPF tem de fazer o que nunca foi feito. E o que nunca foi feito é dar instrumentos às empresas portuguesas, nas cinco famílias de financiamento e investimento, para que o balanço de 3.500 milhões de euros e se multiplique. O balanço é de pouco mais de 1% do PIB. Temos a ambição de o triplicar.

Como?

Dando as garantias financeiras, através das sociedades de garantia mútua, às empresas, sobretudo às micro, pequenas e médias, para que possam investir. Dando as condições de investimento em capital para que se possam capitalizar. Permitindo-lhes o acesso, com segurança, ao mercado exportador, para que possam exportar mais e melhor, e através dos fundos de investimento imobiliário, para que invistam nas suas infraestruturas.

Vão chegar a mais empresas.

Trabalhamos com cerca de 25.000 empresas. Queremos chegar a mais de 100.000 em três anos. E queremos entregar mais instrumentos de investimento e de financiamento.

Qual o montante global?

A nossa ambição é superar os 10 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Para isso temos um pacote de mais de 15 mil milhões em garantias disponíveis. O banco tem de ser maior, mas sobretudo melhor. Temos de dizer aos empresários que estamos presentes.

Vê um travão ao investimento por causa da crise política?

O primeiro pacote de garantias que temos chama-se BPF InvestEU. São 3.555 milhões de euros, contratados ao abrigo do PRR. Quando chegámos, tínhamos cerca de 350 milhões de euros executados, menos de 10% do total. Tomámos uma decisão: o banco não vai esperar. Emitimos 125.000 garantias no valor de 24 milhões de euros de financiamento, dizendo aos empresários: invista pelo nosso país, invista pela sua empresa, invista pelos seus colaboradores, invista connosco. Ninguém nos pediu garantia nenhuma. Enviámos e dissemos-lhes: contacte o seu banco e desconte esta garantia.

Quantas já responderam?

Começámos este processo na segunda-feira [da semana passada]. Em menos de 24 horas foram descarregadas 400.000 garantias. Ou seja, cada empresário, em média, receberá visitas de quatro bancos nos próximos 15 dias, para que se faça o investimento. As candidaturas abrem a 31 de março.

Resultou.

Em oito meses, o BPF tinha 350 milhões de euros [executados]. Numa semana temos 800 milhões sinalizados. E temos a expectativa que durante este ano vamos colocar os 3.500 milhões e, por isso, estamos já a negociar com o BEI e com o FEI, um lote adicional de 6.500 milhões de euros.

A que empresas foram dirigidas essas garantias?

Às micro e pequenas e algumas médias. Atribuímos garantias com um investimento máximo de 2,5 milhões de euros. O valor médio do investimento e do financiamento são 180.000 euros. Obviamente que as médias e grandes empresas não vão ter garantias pré-aprovadas, mas simplificámos os processos. Demorava 49 dias úteis entre a instrução da candidatura, a aprovação e o financiamento. Vai passar a sete dias corridos. E passa a ter cinco documentos, no máximo.

Como o fizeram?

Fizemos uma parceria com a AMA para ter toda a informação pública das empresas e dos empresários ao Estado, na Plataforma de Interoperabilidade da Administração Pública, onde todos os dados do Estado são partilhados entre as instituições do Estado. Não ficámos à espera. Demos as garantias aos empresários e dissemos-lhes para contactarem os bancos e descontarem estas garantias.

E vai ser sempre assim?

É assim que tem que ser.

E a ligação com a banca comercial? É preterida?

Não há preterido. Não se faz um casamento sem o noivo e a noiva. É uma relação de parceria. Seremos uma instituição proativa e fomentadora [da concorrência]. Os empresários, ao terem as garantias na mão, vão ter maior concorrência no sistema bancário.

Essas garantias enviadas tiveram em conta os setores?

Conseguimos cobrir todos os setores da economia portuguesa. O setor menos representado tem 10% das empresas desse setor. Posso partilhar, por exemplo, que 40% do montante e 80% do número são microempresas. E 40% do montante e 15% do número são pequenas empresas. Queremos ser o banco de todos. Não fica ninguém para trás no investimento.

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