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Vida política? "Não vou coartar a minha liberdade em coisa nenhuma", diz Centeno
27/04/2025 11:00

Já encerrou qualquer possibilidade de disputar as eleições presidenciais, mas não fecha a porta a cargos com perfil mais executivo. Ri-se quando é questionado sobre uma filiação no PS, para que pudesse assumir-se como candidato a primeiro-ministro. Já se o futuro passar pelo BCE, em 2027, uma recondução no cargo de governador ajudaria a colocar o país nesse patamar, defende Centeno.

O seu mandato no Banco de Portugal está a terminar em julho. Gostaria de continuar?

Sim, o primeiro mandato está quase a terminar. Eu já digo há muito tempo que aquilo que faço e aquilo que contribuo nas minhas funções é com esse sentido. Porque é assim que desempenho sempre as minhas funções.

Mas há a possibilidade de não ser reconduzido...

Há sempre e ainda bem que existe essa possibilidade, porque se ela não existisse eu não lhe podia ter dado a primeira resposta.

Se não for reconduzido, o que é que se vê fazer a seguir?

Não sei, honestamente. Tenho, obviamente, as qualificações que vou adquirindo.

Imaginamos, facilmente, muitos caminhos para si.

É possível. Se calhar demasiados para serem citados, mas não tenho elaborado sobre essa matéria.

Imaginamo-lo no FMI, BCE, Banco Mundial, OCDE. O BCE em 2027 é uma possibilidade? Christine Lagarde termina o mandato nesse ano.

A minha função e os meus dias são tão preenchidos e com tanta responsabilidade que não me permitem acalentar nenhum cenário futuro. Muitos dos que refere, ou alguns pelo menos, até beneficiariam de uma recondução no Banco de Portugal. Por exemplo, aqueles que têm a ver com o Banco Central Europeu. Mas, a decisão não é minha, não sou eu quem a vou tomar, só posso tentar, com o meu esforço e trabalho, conduzir quem tiver de tomar essa decisão a um raciocínio que o possa fazer.

Uma vitória da AD a 18 de maio condiciona a recondução? Porque há alguma incompatibilização, que não é pública, entre Terreiro do Paço e Banco de Portugal. As análises económicas são vistas como ataques políticos. Vê mais difícil uma recondução com a reeleição da AD?

A decisão depende do que eu fizer, não do que outros possam pensar, porque a minha única responsabilidade e o meu único aporte à decisão é a minha atuação. Não há rigorosamente nenhum cenário dessa natureza que referiu, por uma razão simples, os alertas que o Banco de Portugal faz há mais de duas décadas... Já trabalho no banco desde 1993 e nunca vi nenhum texto do BdP que não usasse os princípios que aqui explorei convosco. O banco teve sempre uma posição clara sobre estas matérias que está fundada na análise económica que fazemos. Não há nenhuma dúvida sobre essa matéria.

E a política? Foi ministro das Finanças, presidente do Eurogrupo, apareceu em sondagens como o candidato mais bem posicionado para defrontar Gouveia e Melo nas presidenciais. É natural que queira assumir cargos de relevo.

Pode ser, mas não penso.

Fechou a porta a Belém? Disse que não iria candidatar-se. A verdade é que o PS continua a não ter o apoio expresso a um candidato.

A minha posição sobre essa matéria é exatamente a mesma.

Chegou a preparar-se?

Não.

Também há quem diga que o seu perfil é muito menos presidencial e mais governativo. Uma mudança de ciclo político podia convencê-lo a olhar para outra possibilidade?

Qualquer resposta que dê que não seja taxativa vai abrir debates.

Admite filiar-se no PS?

[Risos] Eu fui-me doutorar para os EUA – vou ser pouco modesto – para a melhor universidade, a única que está a resistir a Trump. Tenho um grande orgulho nesse trajeto e já agora também no que eu fiz. Voltei para Portugal. A minha vida é em Portugal e eu sempre trabalhei e dediquei todos os meus esforços aqui. Não vou coartar a minha liberdade em coisíssima nenhuma e, portanto, farei quando tiver que decidir o que estiver na minha disponibilidade. Já sei que esta resposta vai ter muitas leituras, mas a maior parte delas não vão ser acertadas.

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