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Confiança das famílias norte-americanas cai para valores da pandemia
29/04/2025 15:58

Os consumidores norte-americanos estão mais pessimistas sobre o presente e os próximos meses, com o índice de confiança a atingiu valores que não eram vistos desde o período da pandemia de covid-19.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Conference Board mostram uma queda de 7,9 pontos no índice de confiança dos consumidores, recuando para 86 pontos. O índice da situação atual - baseado na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais da economia e do mercado de trabalho - diminuiu 0,9 pontos, para 133,5. O índice de expectativas - baseado nas perspetivas de curto prazo dos consumidores em relação aos rendimentos, economia e condições do mercado de trabalho - caiu 12,5 pontos para 54,4, "o nível mais baixo desde outubro de 2011 e muito abaixo do limite de 80 que geralmente sinaliza uma recessão", refere a entidade responsável pelo inquérito.

"A confiança dos consumidores diminuiu pelo quinto mês consecutivo em abril, caindo para níveis não observados desde o início da pandemia de covid-19", afirmou Stephanie Guichard, economista sénior, do The Conference Board. "O declínio foi em grande parte impulsionado pelas expectativas dos consumidores", acrescentou, o que "reflete o pessimismo sobre o futuro".

De acordo com a análide, a "percentagem de consumidores que esperam menos empregos nos próximos seis meses (32,1%) foi quase tão elevada como em abril de 2009", em plena recessão da crise financeira. "Além disso, as expectativas sobre as perspetivas de rendimento futuro tornaram-se claramente negativas pela primeira vez em cinco anos, sugerindo que as preocupações com a economia se estenderam agora aos consumidores", acrescentou Guichard.

Os inquéritos mostram que a queda da confiança em abril foi generalizada a todos os grupos etários e à maior parte dos grupos de rendimentos. O declínio foi mais acentuado entre os consumidores com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos e entre os consumidores de agregados familiares com rendimentos superiores a 125.000 dólares por ano.