Fim do carvão: "Podia ter sido de forma mais faseada e programada", diz ministra
29/04/2025 22:30
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, reiterou esta terça-feira - depois de Portugal ter estado 12 horas sem eletricidade no dia anterior por causa de problemas graves na rede em Espanha - que o regresso do país às centrais a carvão "não está em cima da mesa".
"Não faz sentido", disse a governante, ressalvando no entanto que o descomissionamento das centrais a carvão do Pego e de Sines (em 2021, pelo anterior governo socialista) "podia ter sido feito de forma mais faseada e programada, com um projeto concreto de reconversão dos trabalhadores e das instalações".
"Ainda é tudo muito incerto. Podia não ter sido feito tão depressa", disse a ministra em declarações ao Negócios, na sequência de uma entrevista à CMTV. A governante sublinhou o papel importante das seis centrais a gás natural que existem no país para a estabilidade do sistema elétrico, bem como das centrais hídricas.
"Há que manter o mix nacional de renováveis e gás natural, aumentar o armazenamento com baterias e bombagem", referiu.
Questionada sobre o cenário de apagão teria sido diferente caso Portugal ainda tivesse centrais a carvão, Graça Carvalho explicou que "este fenómeno é independente da tecnologia de produção de energia que está a ser usada". "É uma questão de estabilidade da rede. Espanha tem carvão e tem nuclear e aconteceu na mesma", frisou. Esta terça-feira Portugal operou com energia 100% nacional, desligado da rede espanhola, mas a ministra diz que "o país não tem vantagem em estar isolado energeticamente".
Quanto aos custos do apagão, estes ainda vão ser contabilizados posteriormente pela REN e pela ERSE, garantiu
Nessa mesma entrevista, Graça Carvalho sublinhou o "trabalho árduo ao longo de mais de 10 horas para repor no país todos os sistemas tutelados pelo seu ministério: eletricidade, gás, combustíveis e água". Olhando para o futuro, a governante diz que agora há que tirar lições e tornar a rede mais resiliente, sobretudo através da duplicação do número de centrais no país que garantem ao sistema o serviço de "arranque autónomo" (blackstart).
Além da Tapada do Outeiro (cujo contrato acaba de ser estendido até 2030, em vez de terminar já este ano) e de Castelo de Bode, o Governo quer estender este serviço às centrais do Alqueva e do Baixo Sabor. "É um seguro para a estabilidade energética do país", disse, anunciando que Portugal e Espanha vão lançar um novo leilão para outras centrais que queiram prestar este serviço ao sistema.
"Primeiro temos de perceber bem o que aconteceu. O primeiro-ministro vai pedir à união Europeia para fazer uma análise independente", disse na mesma entrevista. Segundo Graça Carvalho, a primeira centrar a arrancar foi a de Castelo de Bode, sendo que só à sexta tentativa de arranque autónomo a REN foi bem sucedida. Apesar de ser uma empresa privada, a ministra diz que a REN seguiu as recomendações do Governo neste caso de crise energética.
"Em Espanha, nenhuma central conseguiu arrancar com blackstart. O país teve de ir buscar energia a França e Marrocos", disse.
Além disso, disse ainda, Portugal deverá também continuar a lutar para aumentar as interligações elétricas com Espanha e França, sendo esta uma das prioridade do Governo. Soma-se ainda a necessidade de tornar a rede mais flexível e mais inteligente.
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