Goldman Sachs: Bolsas europeias vão continuar a superar as americanas
13/05/2025 21:52
Numa altura em que os principais índices de Wall Street negoceiam com sinal vermelho no acumulado do ano, muitos mercados bolsistas de outras geografias estão a celebrar ganhos sucessivos, eclipsando o desempenho outrora dominante dos Estados Unidos perante as ações do resto do mundo.
Na Europa, a melhor performance bolsista é evidente em toda a linha. Os atuais ganhos dos índices de referência no agregado de 2025 vão desde 5,3% em Amesterdão até aos 24,3% em Atenas, passando pelas subidas de 18,5% em Madrid e Frankfurt. O índice alemão DAX atingiu mesmo novos máximos históricos, animado pelo otimismo em torno do novo Governo do país e da sua política orçamental. Esta subida tem sido fulgurante, atendendo a que o DAX chegou a afundar 16% no rescaldo da apresentação da nova política comercial dos EUA. A rápida recuperação deve-se também, em parte, a uma posição menos agressiva de Washington.
Perante este cenário de performance superior das bolsas europeias face às norte-americanas, a questão que se impõe é: trata-se de um movimento pontual ou do início de uma tendência mais duradoura? No entender de Sharon Bell, estratega sénior da equipa de estratégia de carteiras europeias no Goldman Sachs Research, o desempenho das ações do Velho Continente vai continuar a superar o das congéneres dos Estados Unidos.
"Neste momento, no acumulado do ano, o Europe Stoxx 600 está a subir, ao passo que o S&P 500 – índice de referência norte-americano – regista uma queda, marcando assim um significativo corte face a vários anos de menor performance europeia", aponta a estratega numa análise a que o Negócios teve acesso. Segundo Sharon Bell, "há boas razões para esta transição".
A analista do Goldman sublinha o facto de a despesa orçamental europeia estar a aumentar, "o que poderá ser positivo para o crescimento económico". Enquanto isso, "as tecnológicas norte-americanas de megacapitalização bolsista, responsáveis por grande parte do recente ‘rally’ do S&P 500, ficaram sob pressão".
As tarifas alfandegárias impostas pela Administração Trump são outro fator de relevo. "São más para a Europa, mas provavelmente piores para os Estados Unidos", considera Bell. E isto porque, "ao mesmo tempo que podem reduzir as trocas comerciais e o crescimento em todo o mundo, também deverão fazer subir a inflação nos EUA – podendo não ter o mesmo efeito na Europa", aponta.
Em Wall Street, os números não mentem: o S&P 500, o Dow e o Nasdaq Composite estão no vermelho, no acumulado do ano. Até ao início desta semana, as quedas eram maiores, mas o acordo temporário entre os EUA e a China de redução das tarifas alfandegárias, anunciado na segunda-feira, deu um forte fôlego aos índices.
O facto de muitas cotadas norte-americanas – com destaque para as "big tech" – poderem estar sobreavaliadas, como receia grande parte dos analistas, é também um ponto que joga a favor das suas congéneres europeias. "As ações norte-americanas ficaram caras em termos de avaliação – e a imposição das tarifas levou o mercado doméstico a quebrar", afirma Jim Masturzo, diretor de investimento para estratégias multiativos na Research Affiliates, em declarações à plataforma Investors.
Por comparação, a Europa e os mercados do mundo emergente continuam a ter uma avaliação mais justa, mesmo com os ganhos já registados este ano. "Estamos a assistir à bifurcação entre os mercados desenvolvidos e os EUA, e grande parte dessa tendência resulta do facto de os investidores reconhecerem que os Estados Unidos estavam sobreavaliados", diz Masturzo.
Na opinião da Oppenheimer, "a pressão sobre as ações norte-americanas está a ser exacerbada pelos investidores estrangeiros que estão a reduzir a sua exposição a Wall Street", numa altura em que diminuem as vantagens das "big tech" dos EUA e em que o mercado estreita os elevados diferenciais de avaliação que, durante 15 anos, beneficiaram os Estados Unidos.
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