Leão XIV quer Igreja unida contra ódio e economia que marginaliza os pobres
18/05/2025 14:49
O Papa Leão XIV propôs hoje uma Igreja católica unida e missionária contra as "feridas causadas pelo ódio" e "por um paradigma económico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres". "No nosso tempo, ainda vemos demasiada discórdia, demasiadas feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma económico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres", afirmou Leão XIV, na sua homilia da missa de início do Pontificado para que foi eleito há uma semana e meia pelos cardeais, sucedendo a Francisco.
Nascido nos EUA e com carreira eclesiástica no Peru, o cardeal Robert Prevost foi eleito Papa em menos de 24 horas pelos cardeais, num momento em que persistem tensões internas na Igreja Católica sobre as mudanças a introduzir na relação com a sociedade, com diferentes ritmos conforme os territórios.
"Amor e unidade: estas são as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro", fundador da Igreja, começou por dizer o novo Papa. "Gostaria que fosse este o nosso primeiro grande desejo: uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado", disse Leão XIV aos milhares de fiéis presentes e perante vários chefes de Estado e governantes, entre os quais o Presidente português.
Depois de um percurso de papamóvel na Praça de São Pedro, cumprimentando os milhares de peregrinos que se juntaram para participar na missa de início de Pontificado, Leão XIV pediu uma "Igreja missionária, que abre os braços ao mundo, que anuncia a palavra, que se deixa inquietar pela história e que se torna fermento de concórdia para a humanidade".
"Queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade", afirmou, prometendo uma Igreja evangelizadora, um "caminho a percorrer também com as Igrejas cristãs irmãs, com aqueles que percorrem outros caminhos religiosos, com quem cultiva a inquietação da busca de Deus, com todas as mulheres e todos os homens de boa vontade para construirmos um mundo novo onde reine a paz", disse o Papa.
No seu primeiro discurso público, imediatamente após a sua eleição, Leão XIV já tinha pedido uma "paz desarmada e desarmante".
Missionário agostiniano, Leão XIV pediu um "espírito missionário" para a Igreja que agora lidera. "Sem nos fecharmos no nosso pequeno grupo nem nos sentirmos superiores ao mundo; somos chamados a oferecer a todos o amor de Deus, para que se realize aquela unidade que não anula as diferenças, mas valoriza a história pessoal de cada um e a cultura social e religiosa de cada povo", disse o sucessor de Francisco, que o nomeou cardeal e Prefeito do Dicastério dos Bispos.
"A morte do Papa Francisco encheu os nossos corações de tristeza e, naquelas horas difíceis, sentimo-nos como as multidões que o Evangelho diz serem 'como ovelhas sem pastor'", recordou.
Sobre o Conclave, o novo Papa salientou que os cardeais que compõem o colégio eleitoral chegaram a Roma "com histórias diferentes e a partir de caminhos diversos" e procuraram eleger "um pastor capaz de guardar o rico património da fé cristã e, ao mesmo tempo, de olhar para longe, para ir ao encontro das interrogações, das inquietações e dos desafios de hoje".
"Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vós como um irmão que deseja fazer-se servo da vossa fé e da vossa alegria, percorrendo convosco o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família", disse o Papa.
Na inspiração de São Pedro, cada Papa "deve apascentar o rebanho sem nunca ceder à tentação de ser um líder solitário ou um chefe colocado acima dos outros, tornando-se dominador das pessoas que lhe foram confiadas", disse Leão XIV, que citou Santo Agostinho, que deu o nome à ordem religiosa que professou: "a Igreja é constituída por todos aqueles que mantêm a concórdia com os irmãos e que amam o próximo".
Leão XIV considera que os fundamentos religiosos do catolicismo fazem falta ao mundo de hoje e também recordou Leão XIII, o Papa do século XIX que lhe inspirou o nome e foi o promotor do discurso moderno da Igreja contra o capitalismo selvagem e a defesa da doutrina social católica. "Não se veria em breve prazo estabelecer-se a pacificação, se estes ensinamentos [católicos] pudessem vir a prevalecer nas sociedades?" - questionou, citando a encíclica 'Rerum novarum' de Leão XIII.
Leão XIV foi eleito a 8 de maio como o 267.º Papa da História, sucedendo a Francisco (2013-2025), que morreu em abril.
Nascido Robert Francis Prevost, em Chicago, Estados Unidos, o novo pontífice, de 69 anos, também tem a cidadania peruana depois de ter vivido a maior parte da vida no país andino.
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