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De esquerda ou de direita? JPP veio da Madeira para se sentar no Parlamento nacional
19/05/2025 19:55

As eleições legislativas realizadas no domingo, dia 18 de maio, trazem uma reestruturação profunda do panorama político no país em que pela primeira vez o Parlamento irá contar com a presença de 10 partidos, com três deles representados por um único deputado na Assembleia da República (AR). Destes, o BE encolheu, o PAN manteve a sua representação e o Juntos Pelo Povo (JPP) faz a sua estreia. Este último é a grande novidade na arena política nacional depois de ter conseguido garantir a eleição de Filipe Sousa pelo círculo da Madeira.

Mas, afinal, que partido é este caracterizado como sendo de centro-esquerda? Na sua declaração de princípios, lê-se que o JPP se rege "pelos princípios democráticos do liberalismo social tradicional" e que secundariza a "tradicional dicotomia ‘esquerda/direita’", acreditando que o "exercício da participação política carece de uma nova metodologia", propondo a valorização do cidadão politicamente ativo.

Fundado na Madeira em 2008 com o nome de PPG, transformou-se em JPP em 2009. Passou a ser um partido em 2015.

Europeista, laico, defensor de um SNS "público e democrático", ao mesmo tempo que salvaguarda uma visão económico-financeira "assente numa distribuição justa dos recursos e das estruturas do Estado", o JPP elenca oito princípios como a base da sua ação enquanto partido, entre eles, o da liberdade individual e da propriedade privada, o do respeito pelos costumes sociais e o princípio da desconcentração e descentralização do poder.

Mais concretamente, no que toca à sua visão económica, o JPP "acredita num Estado regulador, flexível e dinâmico, que permita que os mercados funcionem livremente, quando em situação de competitividade". Já no caso dos agentes financeiros nacionais, o partido refere "que é necessária uma regulação e fiscalização intensiva, pois estes são os pilares da economia nacional e tem-se vindo a verificar sinais claros de fragilidade e de corrupção" no setor, refere o partido no seu website.

Num plano geral, "defende-se que as ações [do Estado] terão de passar pelo diálogo, cooperação e negociação, pela solidariedade comunitária e, acima de tudo, pela responsabilização e prestação, permanente e transparente, das contas do Estado", elenca o partido.

Fundador na Assembleia

Filipe Sousa, irmão de Élvio Sousa - com quem fundou o partido - será o representante do JPP na AR. A 7 de maio, no debate dos partidos sem assento parlamentar, o deputado eleito garantiu que o JPP tinha como lema ajudar as "ilhas" e acrescentou que "o JPP tem, na sua matriz, uma característica muito humanista e queremos levar esse humanismo a Portugal no seu todo", citou o Público.

Quando os governos falham, os extremismos aumentam. E a verdade é que o crescimento do Chega é preocupante.Filipe Sousa
Deputado-eleito pelo JPP

Já mais recentemente, e em declarações à CNN após garantida a sua eleição como deputado à AR, o presidente da Câmara de Santa Cruz, que já teve experiência partidária no Partido Socialista, diz que vai ter de "aprender muito" mas que se sente motivado.

Na noite eleitoral, destacou que a forma de estar do partido, caracterizada pelo próprio como tendo um "sentido de comunidade, proximidade e de tolerância", foi o que lhes permitiu representação na AR. Para além disso, avisou que "quando os governos falham, os extremismos aumentam. E a verdade é que o crescimento do Chega é preocupante", declarou aos jornalistas.

De PPG até ao JPP

Fundado na Madeira em 2008 com o nome de PPG – Pelo Povo de Gaula, o movimento de cidadãos adotou a designação de Juntos Pelo Povo – JPP em 2009. Nesse ano, decide concorrer a eleições autárquicas para a Câmara Municipal (CM) de Santa Cruz, elegendo três vereadores e retirando a maioria absoluta ao PSD na cidade madeirense, ao mesmo tempo que conquista uma maioria absoluta na Junta de Freguesia de Gaula.

Já depois de ter conseguido conquistar a CM de Santa Cruz e as cinco freguesias do concelho no final de 2013, o movimento de cidadãos evoluiu para partido em janeiro de 2015 e, nas eleições à Assembleia Legislativa da Região Autónoma (RA) da Madeira realizadas nesse mesmo ano, elege 5 deputados. Já em 2024, o JPP alargou a sua representação ao eleger um total de nove deputados, tornando-se o segundo maior partido da região autónoma, aumentando a representação para 11 deputados nas eleições de março deste ano.

Depois de ter ganhado notoriedade e espaço político na Madeira, o JPP deixa agora de ser um partido de cariz regional, ao ganhar espaço na esfera de decisões legislativas ao nível nacional.

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