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Pedro Nuno sai no sábado. PS tenta solução provisória até depois das autárquicas
19/05/2025 20:16

São muitas as vozes no PS que querem evitar que o partido tenha novo desaire nas autárquicas, por isso a tendência que começa a dominar o debate interno é a escolha de uma solução de liderança interina, que aguente o partido nas eleições locais, abrindo depois espaço à escolha de um novo secretário-geral. O ex-ministro José Luís Carneiro já se posiciona, mas há outros nomes mais próximos da atual direção que não afastam a hipótese de disputar a liderança socialista.

Segundo informação recolhida pelo Negócios, a ala mais moderada do PS tem vindo a defender que Carlos César possa assumir a liderança interina do partido até às autárquicas, cuja data ainda se desconhece e que caberá ao novo governo definir. Uma solução que já não é nova e que aconteceu em 2011, quando José Sócrates se demitiu e Maria de Belém Roseira, enquanto presidente do PS, assumiu o cargo.

Neste cenário, os estatutos do PS definem que cabe ao presidente do partido assumir a liderança e à comissão política nacional tomar as respetivas deliberações, como as orientações para o grupo parlamentar.

Tal hipótese vai ser discutida no próximo sábado, na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, o órgão máximo entre congressos. Outro tema que dominará a agenda será a necessidade de os socialistas tomarem uma posição sobre a viabilização do Governo de Luís Montenegro.

Esta segunda-feira, fonte oficial partidária confirmou à Lusa que Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado, após a Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, ficando por definir se ficará até às autárquicas.  

Caberá agora à Comissão Nacional do PS aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, na reunião do próximo sábado, em Lisboa, que servirá também para analisar os resultados das legislativas.

Face ao resultado desastroso do partido, várias fontes contactadas pelo Negócios adiantam que o PS não terá condições de inviabilizar o Executivo, sob pena de ser ainda mais fustigado nos próximos atos eleitorais. Aliás, de entre a ala mais moderada, há mesmo quem acredita que os socialistas se devem comprometer com um voto contra eventuais propostas de rejeição do programa de Governo e, além disso, a aprovação do Orçamento do Estado para 2026.

Quanto ao próximo líder, há quem defenda uma solução transitória para os próximos dois anos, sendo José Luís Carneiro o nome mais bem posicionado para esse caminho. Em todo o caso, os rostos mais próximos da atual direção admitem apresentar um candidato. Mariana Vieira da Silva terá sido um dos nomes pressionados a avançar pela ala mais à esquerda, mas a vontade de boa parte dos socialistas é a de que saia deste choque uma solução consensual de liderança.

Dentro do partido, há quem acredite que a simples mudança de secretário-geral já terá impacto nas sondagens, jogando a favor de José Luís Carneiro o facto de ser visto como alguém mais próximo do povo e com maior capacidade, nesta fase, de passar a imagem de um recentrar da matriz do PS.

Um dirigente socialista adiantou ao Negócios que não há outra saída para o PS que não seja deixar o governo governar com as suas políticas, pelo que o rosto que assumir a liderança terá de ter essa consciência. Aliás, na cabeça de muitos socialistas está o facto de o PS só conseguir regressar ao governo, no mínimo, em quatro anos.

Na própria noite das eleições, Mariana Vieira da Silva, no canal Now, disse que o partido "tem de entender estas eleições como sendo um momento em que tem de perceber que não é para estarmos em eleições daqui a um ano ou daqui a dois anos."

A ex-ministra da Presidência, e que foi braço-direito de António Costa, sublinhou que o PS "tem que contribuir para a estabilidade, porque a instabilidade e o número excessivo de eleições só têm ajudado um partido, e esse partido é o Chega."

Alexandra Leitão até poderia ser uma opção e, alegadamente, até estaria para isso, mas está condicionada pelo facto de ser a candidata do partido à Câmara de Lisboa. E em caso de derrota para Carlos Moedas, ficaria fragilizada numa dupla penalização dos socialistas – da própria e do partido.

Já António Costa é visto como o ausente mais presente neste processo de definição do futuro líder, já que o seu ascendente sobre o partido poderá ajudar a conciliar propostas em torno de um só nome que assegure o período em que o partido terá de se conformar com a bancada da oposição.

Pedro Nuno Santos ainda acreditava que podia ficar

No início da noite eleitoral, o secretário-geral socialista ainda admitia poder convocar eleições diretas e apresentar-se à reeleição. Era convicção do núcleo duro de Pedro Nuno Santos que o PS não cairia abaixo dos 26%.

À medida que a noite foi evoluindo e que o partido foi confrontado com a passagem do Chega a segunda força política, a margem de Pedro Nuno Santos esgotou-se, o que empurrou o líder socialista para a decisão de sair de cena.

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