Comissão Europeia continua "empenhada" em alcançar acordo com EUA apesar de "ameaças" de Trump
23/05/2025 21:48
A Comissão Europeia assegurou esta sexta-feira que continua "empenhada" em concluir um acordo comercial com os Estados Unidos para evitar uma guerra comercial, mas rejeitou "ameaças" após o Presidente norte-americano defender fortes tarifas alfandegárias sobre importações europeias.
"O comércio entre a UE (União Europeia) e os EUA é inigualável e deve pautar-se pelo respeito mútuo e não por ameaças. Estamos prontos para defender os nossos interesses", afirmou nas redes sociais o comissário para o Comércio e a Segurança Económica, Maros Sefcovic, após uma conversa telefónica com os representantes comerciais da Casa Branca, Jamieson Greer e Howard Lutnick.
"A UE está totalmente empenhada em garantir um acordo que funcione para ambos. A Comissão Europeia continua pronta a trabalhar de boa fé", frisou.
A reação de Sefcovic surgiu depois de Donald Trump ter ameaçado os 27 com tarifas alfandegárias de 50%, mais tarde afirmando que as empresas da UE evitarão tarifas ao mudarem-se para os Estados Unidos.
O bloco comunitário escapará às tarifas porque "o que fará é enviar as suas empresas para os Estados Unidos e construir as suas fábricas", disse Trump, cuja anterior ameaça causou indignação e preocupação na Europa.
No seu perfil na rede Truth Social, o Presidente norte-americano afirmou hoje que as negociações comerciais com a UE "não estão a dar frutos" e recomendou a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos europeus a partir de 01 de junho.
"As nossas negociações com eles não estão a dar frutos! Por isso, recomendo uma tarifa direta de 50% para a União Europeia a partir de 01 de junho de 2025", anunciou Donald Trump, acrescentando que "não será aplicada qualquer tarifa se o produto for fabricado nos Estados Unidos".
Numa conferência de imprensa na Casa Branca, o Presidente republicano disse mais tarde ter "a certeza de que a UE quer fazer um acordo com todas as suas forças, mas não o está a fazer bem".
Questionado sobre o que a UE deve fazer para evitar uma taxa de 50%, 40 pontos acima do nível transitório em vigor, Trump disse não saber.
O Presidente norte-americano repetiu que a Europa impede a entrada de produtos norte-americanos, como os automóveis, enquanto os Estados Unidos permitem a entrada de veículos europeus.
"Está na altura de jogar este jogo da forma que eu sei jogar", afirmou.
Trump também voltou a criticar as acções judiciais intentadas na Europa contra grandes empresas norte-americanas, como a Apple.
"Eles usam isto como uma arma e, na verdade, usam-no como uma angariação de fundos. É quase como um mecanismo de angariação de fundos. Além disso, estão a utilizar tarifas não monetárias e muitas outras medidas comerciais", disse Trump.
Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro, Trump tem visado especialmente a China e a UE em questões comerciais.
Depois de ter anunciado, a 09 de abril, uma "trégua" na aplicação daquilo a que chama "tarifas recíprocas" a Bruxelas e a outros parceiros comerciais, a UE também decidiu suspender a ativação de medidas de retaliação.
Recentemente, ambas as partes concordaram em intensificar as negociações técnicas para chegar a um acordo.
Os países europeus reagiram hoje com indignação e preocupação à ameaça de tarifas de 50%, com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, a afirmar que seriam prejudiciais para ambos os lados do Atlântico.
"Continuamos a confiar nas negociações" lideradas pela Comissão Europeia, acrescentou o chefe da diplomacia alemã numa conferência de imprensa em Berlim.
A partir de Paris, o ministro delegado do Comércio Externo de França, Laurent Saint-Martin, pediu uma desescalada neste conflito, mas reiterou que a UE está preparada para responder às decisões de Trump.
Também o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, disse hoje que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão "prejudicar seriamente" a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.
A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.
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