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Família Madeira vai reabrir hotel comprado na pandemia que já teve 7 vidas
12/06/2025 16:15
Em 1878, no n.º 15 da Rua Sofia, abria o primeiro "Hotel
Bragança" em Coimbra, que viria a ocupar vários edifícios, até sediar-se no Largo
das Ameias, junto à estação de comboios, corporizando aquele que foi o primeiro
hotel projetado de raiz na cidade. Tinha 26 quartos e foi inaugurado em 2 de
abril de 1899.Em 1955, o edifício é demolido, surgindo no seu lugar um outro
"Hotel Bragança" com 83 quartos, restaurante a bar. Remodelado em 1997, viria a fechar durante a pandemia de
covid-19, tendo sido adquirido pela família Madeira, a dona do Hotel Oslo,
situado na mesma zona coimbrã do Bragança. O antigo Hotel Bragança está agora a ser reabilitado,
obra a cargo da Cari Construtores, num investimento orçado em mais de três
milhões de euros, anuncia a empresa do grupo bracarense DST, em comunicado.Localizado na zona de proteção à área classificada da
UNESCO da Universidade de Coimbra, o renovado hotel irá ter 88 quartos, "vários
com minicozinha incorporada", uma zona de restauração no último piso, dotada de
um "rooftop" com vista para o rio, duas salas de trabalho e, no piso -1, uma
zona de lazer com piscina, balneário, ginásio e sauna."A Cari construtores irá usar processos de construção
tradicional, preservando a construção existente da época. A fachada também se
mantém, tendo recebido um novo piso em estrutura metálica", realça a empresa."A obra tem uma enorme importância ao nível da cidade e
da zona ribeirinha oferecendo ao turismo uma maior oferta, proporcionando um
crescimento da cidade sendo este já visível", enfatiza João Rodrigues, da
direção de obra da Cari construtores, que prevê concluir a obras "em meados de
2026".Já em declarações ao Diário de Coimbra, José Madeira, dono
das duas unidades hoteleiras coimbrãs, sinalizou que o Hotel Bragança deverá
estar a funcionar com a classificação de quatro estrelas no verão de 2026.Ao mesmo jornal, o empresário, que é presidente da
delegação de Coimbra da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de
Portugal (AHRESP), revelou que a sua
família também adquiriu o edifício de quatro pisos da antiga Feira Móveis, na
Rua António Granjo, nas traseiras da Escola Básica de São Bartolomeu, que
poderá ser transformado num espaço dedicado a escritórios.José Madeira e os filhos ainda não definiram um projeto
para o prédio, o qual, por ora, vai ser cedido, gratuitamente, à Câmara de
Coimbra para acolher uma das iniciativas do programa Verão a 2 Tempos - "Cave -
Obras da Coleção Encontros de Fotografia", do Centro de Artes Visuais (CAV).
