Novo Banco fora da bolsa? "Há sempre esse risco numa via dupla", diz Euronext
12/06/2025 22:25
A
venda do Novo Banco foi um caminho desenhado por duas vias: diretamente a um
comprador ou a investidores por via do mercado de capitais. Esta hipótese estará
já fora dos planos, estando a aquisição prestes a ser fechada pelos franceses
do BPCE. A gestora da bolsa de Lisboa desvaloriza, dizendo que era um risco que
sempre existiu."Há
sempre esse risco numa dupla via devido à especificidade dos mercados de
capitais e há alguns setores, como o setor financeiro, onde ainda está a
ocorrer alguma consolidação", afirmou o diretor de mercados da Euronext para a
Europa, Mathieu Caron, que está em Portugal para o campus internacional
do programa IPOready.Esta
via dupla significa que, ao longo dos últimos meses, o Novo Banco esteve a
trabalhar simultaneamente em duas opções. Por um lado, andou em "roadshow" para
preparar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), tendo chegado a
considerar a hipótese de um "dual listing" em Lisboa e noutra praça.Por
outro, negociava uma venda direta. Em Portugal, os potenciais interessados na incluam
o BCP (embora o CEO Miguel Maya tenha questionado o preço) e a Caixa Geral de
Depósitos (que manifestou abertura para avaliar a compra da banca de
empresas). Mas à última fase chegaram os espanhóis do CaixaBank e os franceses
do BPCE.
Segundo
informações avançadas pelo Eco e confirmadas pelo Negócios junto de uma fonte
conhecedora do processo, o processo está próximo de ser fechado e passa por uma
venda de, pelo menos, a totalidade do capital detido pelo Lone Star (75%), o
que retira a hipótese de uma entrada em bolsa.Questionada,
a Euronext não confirma se os planos caíram, mas Mathieu Caron considera que "é
normal nos mercados de capitais". E não exclui que volte a ser uma
possibilidade noutra altura: "Às vezes, há grandes empresas que entram no
mercado, outras vezes, passam para mãos privadas. Talvez voltem ao mercado mais
tarde".O
valor da venda não é ainda conhecido, mas há avaliações do Novo Banco que vão
até aos 7 mil milhões de euros. Um IPO desta dimensão seria o quinto maior
de um banco europeu desde o início do século e o maior desde 2015, tendo
entrada direta para a posição de sexta maior cotada do índice PSI."Talvez
o setor bancário precise de alguma consolidação em algumas partes da Europa.
Abrir o capital é uma opção. Consolidar-se com outros bancos maiores é outra
opção. Talvez o banco maior também possa abrir o capital. O que quero dizer é
que, a determinada altura, quando se atinge um certo tamanho, tornar-se uma
empresa cotada é provavelmente o único passo natural a seguir", considera o
diretor de mercados da empresa detentora da bolsa de Lisboa."Se
agora não é o momento certo, talvez seja um bom momento daqui a alguns anos,
mas não sei", afirmou, apontando para anúncios de outras empresas do setor
financeiro que se estão a preparar para entrar em bolsa na Europa, como o banco
neerlandês Triodos Bank ou a fintech United Financial."O setor tem tido um bom desempenho, o que sustenta
bem a narrativa de considerar uma oferta pública inicial. Todas as empresas têm
um modelo de negócio e uma situação muito específicos. Depende da sua base de
acionistas, das suas necessidades de financiamento, do mercado em que opera. A previsibilidade
em torno de um IPO é algo que não podemos ter 100% de certeza", acrescentou.
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