Guy Villax: Tarifas de Trump serão um tiro "pela culatra"
22/06/2025 11:00
Os EUA figuram como o segundo maior mercado das exportações do cluster da saúde, apresentando "níveis extraordinariamente elevados" de crescimento. Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente do Health Cluster Portugal, Guy Villax, diz ser impossível prever o impacto das políticas comerciais de Donald Trump, mas aponta que as empresas que têm como vantagem competitiva o baixo custo apresentam "alguma fragilidade" num cenário de tarifas.É impossível responder porque ninguém sabe qual será a decisão final de Trump [sobre a aplicação de tarifas à importação de medicamentos], mas temos de ver que os produtos farmacêuticos desdobram-se em dois setores completamente diferentes. Por um lado, temos os genéricos, a preços completamente esmagados, mais baratos que os chocolates, e, por outro, os que estão sob patente, a preços elevadíssimos, mas ambos têm exatamente as mesmas classificações aduaneiras, pelo que é muito difícil tomar-se uma política que toca uns e não a outros. Ou seja, [a avançarem as tarifas] serão todos atingidos. Só que os genéricos são os medicamentos prescritos em cerca de 80% das receitas médicas nos EUA, pelo que se se esses custos sobem 20%, deixam automaticamente de estar cobertos pelo Medicaid [programa social de assistência à saúde] e no dia em que isso acontecer há uma revolução. Portanto, a margem de manobra que Trump tem desse lado é mínima. Agora, o que é que isto significa para o exportador? É muito simples: se uma empresa tem um produto que tem uma posição no mercado muito forte, ou fornece algo para o qual não se tem substituição, não vai sofrer nada, porque quem vai pagar as tarifas é quem importa, mas se fornece um produto que tem vantagem competitiva pelo baixo custo. esse tem grandes problemas, porque se produz a 25.ª estatina, se calhar há outros 24 com preços inferiores. Essas empresas que exportam os genéricos, nomeadamente para os EUA, que são muito boas empresas e concorrem porque são muito capazes, têm alguma fragilidade perante as tarifas. Agora, eu vejo com muita dificuldade o Presidente Trump conseguir montar alguma coisa com tarifas nos medicamentos que não lhe saia pela culatra.Seria extraordinariamente impopular, porque os EUA não produzem internamente nem 5% dos genéricos deles.Não há muito que se possa fazer de prevenção. Temos na Casa Branca uma pessoa que está constantemente a virar a 180 graus.A níveis extraordinariamente elevados. Tanto que estou em crer que não é só o produto de fabricação em Portugal. Julgo que tem de haver fluxos de exportações que vêm através das multinacionais, porque o crescimento é superior a 25% ao ano.Sim, e com crescimentos brutais de ano a ano sem haver grande lógica de seguimento de tendências. Dá a impressão que há sobressaltos nos números.Não sei explicar. Aparece a lista dos dez maiores exportadores e, volta não volta, há um número novo, grande, de uma multinacional.Naquilo que são as exportações tradicionais de Portugal, de produtos farmacêuticos, tanto formulações como princípio ativo, não vejo razão para haver uma alteração. Mas não creio que seja a indústria nacional que esteja a crescer 20 a 25%. Está a crescer, provavelmente, 10 a 15%, o que é fantástico.
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