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Petróleo sob pressão após ataque dos EUA ao Irão
22/06/2025 18:38

Os ataques aéreos dos EUA às instalações nucleares iranianas viraram as atenções para uma opção que o Irão ainda não utilizou no conflito no Médio Oriente: interromper o comércio regional de petróleo, especialmente através do importante Estreito de Ormuz. Num cenário extremo de encerramento total, o preço do petróleo poderia subir para mais de 130 dólares por barril, pesando sobre o crescimento global e elevando os preços ao consumidor.Ao longo dos anos, o Irão ameaçou várias vezes fechar o estreito -  e de gás natural liquefeito (GNL). Mas Teerão acabava sempre por recorrer a alternativas menos drásticas para prejudicar os seus inimigos, sem castigar simultaneamente aliados como a China, o seu maior comprador de petróleo.Além disso, o próprio país precisa de recorrer ao estreito - que liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã até ao Mar Arábico - para exportar crude, tal como outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), incluindo a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Kuwait e o Iraque.Mas desta vez pode ser diferente. O Parlamento iraniano recomendou o fecho do Estreito de Ormuz. A decisão final é do líder supremo da república islâmica, o ayatollah Ali Khamenei, e tem de ser ratificada por órgãos como o Conselho Supremo de Segurança Nacional."Veremos como Teerão responderá, mas o ataque provavelmente colocará o conflito num caminho de escalada", escreveram Ziad Daoud, Tom Orlik e Jennifer Welch , analistas da Bloomberg Economics, numa nota. "Para a economia global, um conflito em expansão aumenta o risco de preços mais altos do petróleo e um impulso ascendente para a inflação".Os economistas estimam que o barril possa chegar aos 130 dólares. Desde que Israel iniciou a ofensiva contra o Irão, os preços já subiram mais de 10%, com o crude West Texas Intermediate (WTI) a fechar a semana passada nos 74,93 dólares e o Brent (que serve de referência à Europa) nos 75,48 dólares.Ainda sem ser certo o fecho do estreito, os futuros apontam para uma subida entre 3 e 5 dólares por barril quando os mercados voltarem a negociar. Caso se confirme, o movimento poderá ser ainda mais agressivo. "Estamos perante a maior perturbação dos fluxos comerciais que tivemos nas últimas décadas - os preços disparariam", afirmou Amrita Sen, diretora de investigação da consultora Energy Aspects à Bloomberg.Os efeitos da evolução da semana passada já se fazem sentir -, sendo, no caso do diesel, o mais elevado desde julho de 2023 -, mas há o risco de se agravarem ainda mais, com implicações para a economia e para a inflação globais. Isto numa altura em que autoridades como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a OCDE têm e em que os bancos centrais se debatem com os efeitos das tarifas para os seus mandatos de controlo dos preços.O "timing" será a chave para perceber as implicações da resposta iraniana. "Não acreditamos que o Estreito de Ormuz vá fechar [totalmente] em nenhum cenário", considera Navin Kumar, diretor da consultora de análise marítima Drewry. "Talvez por um ou dois dias, mas é improvável que haja qualquer encerramento por uma semana ou mais. É altamente improvável".Do lado dos EUA, tanto o Presidente Donald Trump como os seus conselheiros sugeriram que a ação seria limitada. "Este não é o início de uma guerra eterna", disse o senador Jim Risch, republicano de Idaho e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, no X. "Não haverá tropas americanas no terreno no Irão. Este foi um ataque preciso e limitado, que era necessário e, segundo todos os relatos, foi muito bem-sucedido", referiu sobre o ataque levado a cabo na madrugada de sábado a três instalações nucleares iranianas.A expectativa é que esta ação militar tenha o mesmo efeito que o assassinato de um general iraniano em 2020. Após o ataque dos EUA que matou Qassem Soleimani, Trump enfatizou que não queria uma guerra mais ampla. A resposta iraniana não resultou em vítimas e a situação não se agravou.De forma diferente, Israel, além de ter dito querer travar qualquer poderio nuclear do Irão, admitiu já a motivação de mudar o regime de Teerão. E uma maior desestabilização política "pode levar a preços do petróleo significativamente mais altos por longos períodos de tempo", disse Natasha Kaneva, líder de research global de commodities do JPMorgan, numa nota enviada aos clientes na semana passada, a que a CNBC teve acesso.Desde 1979, ocorreram oito casos de mudança de regime em grandes países produtores de petróleo. Os preços do petróleo subiram 76% em média no seu pico após essas alterações, antes de recuarem e estabilizarem a um preço cerca de 30% mais alto em comparação com os níveis pré-crise, de acordo com o banco. Por exemplo, os preços do petróleo quase triplicaram entre meados de 1979 e meados de 1980, depois d a revolução iraniana que depôs o xá e levou a República Islâmica ao pode.

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