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Tarifas de Trump pouco impulsionam exportações da UE para Mercosul
22/06/2025 20:30

O Mercosul é um dos principais mercados para os quais a União Europeia (UE) tem apontado baterias no redirecionamento das trocas comerciais para evitar as tarifas norte-americanas. Mas, após o - apressado pelo regresso de Donald Trump à Casa Branca -, as exportações europeias para os quatro países do bloco sul-americano pouco descolaram. Entre dezembro e abril, as exportações da UE para a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai cresceram 2,4% para 23,2 mil milhões de euros, face a igual período homólogo, segundo dados do Eurostat analisados pelo Negócios. A subida fica, no entanto, abaixo do que tem sido a média de crescimento das exportações para o Mercosul na última década, o que revela que esse mercado sul-americano não é, para já, encarado como um parceiro estratégico na guerra comercial com os Estados Unidos.Os dados do Eurostat revelam que houve mesmo quedas nas exportações europeias, entre dezembro e abril, para o Uruguai e Paraguai (-8,3% nas vendas para o mercado uruguaio e -18,4% para o paraguaio). Porém, essas quedas foram compensadas pelo crescimento nas exportações da UE para o Brasil (1,1%) e Argentina (14,7%), já que, isoladamente, o Brasil é o destino de quase 80% das exportações europeias para o Mercosul e a Argentina 15%.Embora tenha havido alguma desvalorização das moedas desses quatro países face ao dólar (que serve de referência para o comércio internacional) e, com isso, uma diminuição do poder de compra, essa razão, por si só, não é suficiente para explicar a fraca pujança nas vendas europeias para o Mercosul. Uma análise às exportações em quilos mostra que, em quantidade, o volume de vendas europeias para o Mercosul encolheu e de forma bastante significativa: quase 20%.Mesmo em abril, quando entraram em vigor as e era esperado um redirecionamento mais significativo das trocas comerciais, as exportações da UE para o Mercosul, em vez de aumentarem, caíram 5,7% face a igual mês do ano passado. Apenas as vendas para a Argentina escaparam à "maré vermelha", com um crescimento de 11,4%. Embora o , o acordo político alcançado em dezembro foi histórico, depois de mais de 20 anos de negociações, e marcou uma viragem na política comercial europeia. Desde a reeleição de Donald Trump, a para fazer frente à agenda protecionista do republicano. A expectativa é de que, até ao final do ano, possam estar assinado o acordo final com o Mercosul.A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem enfatizado que, juntos, a UE e o Mercosul terão um mercado comum com 720 milhões de consumidores e um acordo entre ambas as partes resultará na maior zona de livre comércio global, correspondente a mais de 20% do produto interno bruto (PIB) mundial. Mas o acordo continua a enfrentar resistência sobretudo por parte dos agricultores franceses.Na última década, as exportações europeias para o Mercosul aumentaram 11,1 mil milhões de euros (25,1%), segundo o Eurostat. Os produtos que a UE mais exporta para a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são medicamentos e produtos farmacêuticos. Em dez anos, as vendas de medicamentos europeus para o Mercosul disparam 85,9%, passando de 3,7 mil milhões de euros em 2014 para 6,8 mil milhões em 2024. Entre os produtos mais exportados estão também máquinas e equipamentos industriais em geral (cujas vendas chegaram a 5,4 mil milhões de euros em 2024 ), veículos rodoviários (4,8 mil milhões), máquinas especializadas para indústrias específicas (3,4 mil milhões) e máquinas, aparelhos e dispositivos elétricos (3 mil milhões). No que toca às importações, destacam-se petróleo e produtos conexos (12,1 mil milhões em 2024), alimentos para animais, café, chá, cacau, especiarias, minérios e sucata metálica e sementes oleaginosas e frutos oleaginosos. No ano passado, a balança foi deficitária para a UE em cerca de 800 milhões de euros. Desde o acordo político com o Mercosul, as importações europeias cresceram 4,8%, um valor também abaixo da média dos últimos dez anos.

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