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Ataque dos EUA ao Irão acrescenta incerteza à economia
23/06/2025 20:32

Com a economia já pressionada pelas elevadas tarifas comerciais de Donald Trump, o ataque dos Estados Unidos (EUA) ao Irão vem adicionar incerteza sobre os preços e a atividade, tanto em solo norte-americano como na Zona Euro. Em primeiro lugar, pelo potencial encerramento do Estreito de Ormuz pelo Irão, em resposta ao ataque dos bombardeiros americanos. "Este é o principal risco económico a acompanhar", afirma Holger Schmieding, do Berenberg, já que cerca de 20% do comércio mundial de petróleo e de gás natural liquefeito passam pelo estreito."Com um bloqueio bem-sucedido, vemos o Brent a subir para 120 dólares o barril no curto prazo; um bloqueio prolongado (até ao final de 2025) colocaria os preços acima dos 150 dólares o barril, um novo recorde histórico", afirma a equipa de analistas do ING. A confirmar-se, seriam aumentos de cerca de 60% e de quase 100%, respetivamente. Para já, os petroleiros aguardam nas imediações do estreito ou alteraram rotas - mais longas - para evitar aquela geografia.Se a expectativa da Fed é que, apenas pelo efeito das tarifas, os preços comecem a subir acentuadamente nos próximos três meses nos EUA, o aumento do preço do petróleo só vai reforçar essa previsão, avisam os analistas. Mas, por outro lado, a disrupção no Estreito de Ormuz pode ter um efeito limitado na economia americana, já que os EUA são um exportador líquido de petróleo, com menos de 10% das suas importações a vir do Golfo Pérsico. Ainda assim, preços energéticos mais altos a nível global vão pesar nas empresas e famílias norte-americanas. Para a Zona Euro, o impacto de preços energéticos mais elevados na atividade económica também vai ser limitado, admite o ING. De acordo com cenários do Banco Central Europeu (BCE), um aumento de 20% no preço da energia pode cortar o crescimento em 0,1 pontos percentuais em 2026 e em 2027. Aplicando os preços de hoje ao cenário macro do BCE, a inflação subiria em 0,3 pontos percentuais este ano e 0,6 pontos no próximo - voltando a colocar os preços acima do objetivo da autoridade monetária, pelas contas do ING. Recorde-se que, em junho, Christine Lagarde ficou muito perto de declarar vitória na inflação, sobretudo porque houve uma forte revisão em baixa das estimativas do preço do petróleo e do gás natural, o que fez o 'staff' do BCE reduzir a estimativa de inflação para 2% este ano e para 1,6% no próximo. "Digam adeus aos receios de baixar demasiado a inflação e olá a receios inflacionistas renovados", termina Carsten Brzeski, diretor global do ING.Escalada até onde?Essa é a grande questão: o alcance e duração do conflito, se pode haver ramificações para outros países da região e em que dimensão. Para já, os principais líderes mundiais apelam a que o Irão regresse à mesa das negociações. "As preocupações com a retaliação e a escalada desta guerra são enormes", resumiu a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, à margem do Conselho dos Negócios Estrangeiros.Esta segunda-feira, já ao final da tarde, o Irão lançou um ataque à base aérea dos Estados Unidos no Qatar, que pouco antes tinha encerrado o espaço aéreo. A base norte-americana de Al-Udaid - a maior dos EUA na região, que alberga perto de 8.000 militares norte-americanos e de outros países como o Reino Unido, em regime de rotação - está situada nos arredores de Doha, capital do país, e acolhe o quartel-general do Centcom para todas as operações aéreas no Médio Oriente. De acordo com o porta-voz do Ministério catari dos Negócios Estrangeiros, o país conseguiu intercetar todos os mísseis iranianos.Também no pequeno Estado do Bahrein, no Golfo, se ouviram sirenes ao início da noite. É lá que está situada a Quinta Frota dos EUA, responsável pelas forças navais na região do Golfo Pérsico, mar Vermelho, mar da Arábia e costa oriental de África.Depois do ataque dos Estados Unidos a bases de enriquecimento de urânio do Irão, Israel intensificou esta segunda-feira os ataques, atingindo alvos na capital Teerão - sobretudo com valor simbólico ou político -, nomeadamente instalações paramilitares, uma importante prisão com dissidentes políticos do regime e vias de acesso à central de Fordo, bombardeada pelos EUA dois dias antes.Telavive prometeu manter a campanha por mais dias, até atingir o objetivo.

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