Abertura dos mercados: Bancos centrais mantêm bolsas no verde. Petróleo sobe e ouro toca novo máximo 21/06/2019 09:19:00

Os mercados em números
PSI-20 sobe 1,05% para 5.150,39 pontos
Stoxx 600 ganha 0,03% para 386,28 pontos
Nikkei desvalorizou 0,95% para 21.258,64 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 2,1 pontos para 0,550%
Euro soma 0,15% para 1,1310 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,19% para 64,57 dólares o barril
 
Bolsas europeias mantêm tendência positiva
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta sexta-feira, 21 de junho, pela quarta sessão consecutiva, continuando a beneficiar das garantias dos grandes bancos centrais de que farão o que for necessário para apoiar a economia. Depois de Mario Draghi ter admitido avançar com mais estímulos à economia, no início da semana, na quarta-feira foi a vez de a Fed abrir a porta a uma descida dos juros pela primeira vez em dez anos. Essa possibilidade animou os investidores, levou as bolsas dos Estados Unidos para novos máximos na sessão de ontem, e continua a sustentar as bolsas europeias neste final de semana.
 
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, 0,03% para 386,28 pontos, com as subidas do setor das viagens a compensarem as descidas no setor da mineração.
 
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 1,05% para 5.150,39 pontos, impulsionado pelos ganhos superiores a 1% do BCP, Jerónimo Martins e Galp Energia e de mais de 2% da Semapa e Altri.
 
Juros sobem na Zona Euro
Com os investidores a apostarem nos ativos de maior risco, como as ações, as obrigações estão a perder terreno e, consequentemente, os juros a subir. Em Portugal, depois dos sucessivos mínimos históricos alcançados nas últimas sessões, a yield associada às obrigações a dez anos sobe 2,1 pontos para 0,550%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o avanço é de 2,3 pontos para 0,408%.
 
Na Alemanha, os juros no prazo de referência agravam-se em 3,3 pontos para -0,289% e em Itália recuam ligeiros 0,6 pontos para 2,134%.
 
Dólar cai pela terceira sessão
O dólar norte-americano está a negociar em queda pela terceira sessão consecutiva, penalizado pela perspetiva de uma descida dos juros nos Estados Unidos, tal como foi admitido pelo presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, na reunião de política monetária desta quarta-feira.
 
Desde então, a moeda dos Estados Unidos tem perdido terreno face às principais congéneres mundiais, uma tendência que se prolonga na sessão de hoje, com a nota verde a cair 0,07%.
 
Já o euro soma 0,15% para 1,1310 dólares.
 
Petróleo em alta ligeira
Depois das fortes subidas registadas na sessão de ontem, o petróleo mantêm a tendência positiva nos mercados internacionais, impulsionado pela crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irão, que poderá ter impacto no normal fornecimento da matéria-prima.
 
Depois de o Irão ter abatido um drone norte-americano – uma notícia que levou o ouro negro a valorizar mais de 4% na sessão de ontem – hoje foi conhecido que a administração Trump ordenou um ataque contra o Irão, para depois desistir repentinamente.
 
A fricção entre os dois países continua assim a sustentar os preços da matéria-prima, que sobem 0,19% em Londres para 64,57 dólares, e 0,14% em Nova Iorque para 57,15 dólares.
 
Ouro toca novo máximo de seis anos
O ouro segue nesta altura em queda ligeira, depois de já ter tocado num novo máximo de quase seis anos, esta manhã, nos 1.411,63 dólares por onça. Com o dólar em queda, e a perspetiva de um corte de juros nos Estados Unidos, o ouro registou uma forte subida de mais de 2% na sessão de ontem, que o levou para um patamar que não era alcançado desde 2013.  
 
Nesta altura, o metal amarelo recua ligeiros 0,06% para 1.387,57 dólares.