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10 números da gigante saudita que vai ser a maior cotada mundial
17-11-2019 19:39

Já está no mercado a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da Saudi Aramco. Os números da operação e da petrolífera estatal da Arábia Saudita ajudam a explicar porque esta é uma das dispersões de capital em bolsa mais aguardadas de sempre.
 
TALVEZ O MAIOR IPO DE SEMPRE
A petrolífera do Estado saudita divulgou este domingo em comunicado que pretende vender no mercado uma participação de 1,5%, ou 3 mil milhões de ações, da Saudi Aramco. O intervalo de preços da operação (entre 30 e 32 riais) aponta para uma avaliação global da empresa entre 1,6 e 1,7 biliões de dólares. O preço e a avaliação final serão anunciados no dia 5 de dezembro.
 
Ao preço mais elevado, o Estado Saudita pode encaixar o equivalente a 25,6 mil milhões de dólares com a venda das 3 mil milhões de ações, o que fará do IPO da Saudi Aramco o maior de sempre. Para quebrar o recorde tem de ficar acima dos 25 mil milhões conseguidos pela chinesa Alibaba, quando se estreou na bolsa de Nova Iorque em 2014.
 
AVALIAÇÃO ABAIXO DOS PRETENDIDOS 2 BILIÕES DE DÓLARES
A avaliação fica abaixo da almejada pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que em 2016 apontou para a fasquia dos 2 biliões de dólares. Mas mesmo o novo intervalo pode ser considerado excessivo pelos investidores. A Bloomberg fez um inquérito junto de 24 gestores de ativos e 40% considerou que a avaliação justa da Saudi Aramco situa-se entre os 1,2 e os 1,5 biliões. Ainda assim, investidores e analistas consultados pela mesma agência de notícias afirmam que o preço fixado no IPO deverá permitir uma valorização das ações nos primeiros dias em bolsa.
 
A data para a admissão das ações em bolsa ainda não foi revelada.
 
A MAIOR COTADA MUNDIAL
Se ainda não é certo se este será o maior IPO de sempre, já é garantido que a Saudi Aramco será a maior empresa cotada do mundo. Mesmo tendo em conta a avaliação mais baixa (1,6 biliões de dólares), a capitalização bolsista da petrolífera ficará bem acima das poucas tecnológicas norte-americanas que já superaram a fasquia do bilião de dólares de valor de mercado. A líder atual é a Apple, com uma capitalização bolsista de 1,18 mil milhões de dólares, com a Microsoft a surgir muito perto, com 1,14 mil milhões de dólares. A Amazon também já superou a fasquia do bilião de dólares, mas agora está substancialmente abaixo.
 
A Saudi Aramco estará cotada na bolsa do país. Sozinha, terá um valor pelo menos três vezes superior ao de todas as restantes cotadas da bolsa da Arábia Saudita. Uma elevada tranche é destinada aos investidores locais, pelo que os analistas temem um efeito negativo nas empresas cotadas do país, com os investidores de retalho a venderem ações para terem liquidez para participar neste IPO.
 
LUCRO TRÊS VEZES SUPERIOR AOS DAS CINCO MAIORES PETROLÍFERAS
Um outro ranking em que a Saudi Aramco lidera tranquilamente é o da rentabilidade. A petrolífera saudita obteve lucros de 46,9 mil milhões de dólares nos primeiros seis meses de 2019 e no ano passado os resultados líquidos totalizaram 111 mil milhões de dólares. Um valor que superam em mais de três vezes os lucros combinados de cinco das maiores petrolíferas (Exxon Mobil, Shell, BP, Chevron e Total).  Em 2018 a empresa obteve receitas de 315 mil milhões de dólares.
 
DIVIDENDO GIGANTE MAS RENTABILIDADE ABAIXO DO SETOR
A empresa já se comprometeu a pagar um dividendo mínimo de 75 mil milhões de dólares por ano, mas a remuneração aos acionistas pode até ser superior. O Financial Times avançou recentemente que pode chegar aos 100 mil milhões de dólares, se forem pagos dividendos extraordinários. Tendo em conta o limite mínimo e o intervalo de preços no IPO, o dividendo da Saudi Aramco terá uma rentabilidade entre 4,4% e 4,7%. Neste indicador a petrolífera saudita ficará atrás das pares. A Exxon Mobil tem um "dividend yield" de 5% e a Shell de 6,4%. Os investidores que comprarem ações no IPO sabem à partida que a empresa não vai baixar o dividendo até 2024.
 
MAIS DE 10 MILHÕES DE BARRIS PRODUZIDOS POR DIA
A Aramco tinha em 2017 reservas equivalentes a 260,2 mil milhões de barris de petróleo. Um montante superior às reservas conjuntas das cinco maiores petrolíferas privadas do mundo.
 
No ano passado a companhia produziu 10,3 milhões de barris de petróleo por dia, com o custo de produção mais baixo do mundo (2,8 dólares por barril), de acordo com documentos da empresa citados pela Reuters. Além de petróleo, a Aramco produz 1,1 milhões de barris de gás natural liquefeito (GNL) e 8,9 milhões de metros cúbicos de gás natural.
 
A produção da Saudi Aramco responde a cerca de 10% da procura mundial de petróleo, daí que o ataque com drones a uma instalação petrolífera da companhia tenha provocado uma forte volatilidade nos preços do petróleo. A empresa tem escritórios e instalações nas mais diversas partes do mundo, onde no final do ano passado empregava 76 mil trabalhadores.
 
ÁSIA É O PRINCIPAL CLIENTE
A Aramco exportou mais de 5 milhões de barris de petróleo por dia para países asiáticos, o que representa cerca de dois terços do total que vende para o exterior. China, Índia, Coreia do Sul e Japão são os principais clientes. A companhia exporta mais de 1 milhão de barris para a América do Norte e perto de 900 mil para o mercado europeu.

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