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De Snu à geração 15/25
27-09-2020 19:35

Enquanto o país andava entretido a discutir temas nada dignificantes, tais como certas propostas discutidas num congresso partidário ou os expedientes manhosos do Dr. Rangel, tive a oportunidade de pela primeira vez assistir a um filme de nome “Snu”, transmitido na RTP realizado por Patrícia Sequeira e a uma reportagem da SIC sobre a “geração 15/25” apresentada por Conceição Lino. Conclusão. Nem tudo foi mau esta semana.

O filme trouxe-me à memória um tempo de alegria, de agitação, de entusiasmo, de conflito, de excessos, de aprendizagem, de cultura, enfim, de liberdade em que os portugueses estavam mobilizados e empenhados em construir um novo Portugal mais desenvolvido e mais justo. Em que a defesa de valores estava no centro do discurso político e em que o interesse maior era o bem comum. Tudo isto conduzido, em regra e independentemente de qual fosse o partido, por gente com passado, com preparação, com sentido de dever e com espírito de missão. Estávamos a aprender a viver em democracia e a escolher caminhos de maior prosperidade para todos.

Algumas décadas passadas temos um país diferente. No plano político parecemos conformados com o malfadado destino que nos calhou. Estamos condenados a viver com os mesmos intérpretes e com as mesmas soluções. Sentimos estar perante uma inevitabilidade contra a qual nada podemos fazer. Dependentes do exterior, endividados, pobres quando comparados a outros europeus, esmagados pelos impostos, sem esperança para os nossos filhos, sem garantias quanto às nossas reformas, sem ânimo para romper com o que nos oprime e desilude.

Eis que na voz de jovens entre os 15 e os 25 anos, provenientes de várias zonas do país, variadas condições sociais e económicas, diferentes raças e credos, vislumbrei uma luz que me chamou a atenção pelo que trouxe de novidade, de frescura, de leveza e de esperança. Estes jovens já não falam de partidos políticos, não se identificam com rótulos de pertencerem à esquerda ou à direita, não têm os mesmos vícios, história de vida ou visão do mundo dos seus pais. Sentem que a sua idade limita a discussão das suas ideias com outras gerações, que têm vontade de fazer e abraçar desafios, mas que não são ouvidos nem respeitados. Sabem que são impacientes e que o seu forte não é esperar que o tempo passe, mas têm consciência, maior do que gerações anteriores, do que todos os dias acontece no mundo e dos verdadeiros problemas que enfrenta.

Não acreditam em verdades absolutas e sabem que o futuro está nas suas mãos. Anteveem um mundo de radicalismos crescentes, de precariedade no emprego, percebem a importância da boa informação e o perigo das “fake news”. Sabem que não podem dar nada por garantido, mas querem viver com qualidade. Uma qualidade de vida que se baseia no respeito pela natureza e pelos outros. Em que a tolerância e a consciência ambiental sejam valores fundamentais. Querem líderes empáticos, determinados, fortes e movidos pela realização da justiça, pela distribuição equilibrada do rendimento, pela defesa do interesse coletivo e pelo afastamento de todas as formas de corrupção ou proteção de interesses ilegítimos.

Num momento em que se discutem visões estratégicas para a próxima década nas bancadas do Parlamento e sentimos que os políticos se revelam incapazes de separar os eventuais benefícios eleitorais imediatos da sua intervenção daquilo que faz verdadeiramente sentido para Portugal no médio e longo prazo, seria bom ter a humildade de ouvir uma geração que pensa diferente mas que sabe que o futuro é seu e o quer agarrar. Com a mesma alegria, entusiasmo, com a mesma necessidade de aprender e com a mesma liberdade com que muitos de nós nos lembramos com saudade do que fizemos e do que sonhámos nos idos do final da década de 70 do século passado.

Não acreditam em verdades absolutas e sabem que o futuro está nas suas mãos.

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