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A alta velocidade, a entrevista ao CEO do Banco Montepio e as propostas para o trabalho
06/03/2024 07:01

Bom dia,

O fundo de infraes-truturas espanhol Serena Industrial Partners, que está a comprar a participação de 40% do Novo Banco na Líneas - dona de ativos como a Lusoponte e a Douro Interior, na qual a Mota-Engil detém 60% -, vai entrar na corrida à alta velocidade em Portugal no âmbito dessa parceria. Ao Negócios, Carlos Mota dos Santos, presidente executivo da construtora portuguesa, adiantou que a Serena já é parceira do grupo na concessão do Hospital de Lisboa Oriental e com a compra dos 40% da Líneas - que aguarda aprovação da Autoridade da Concorrência e autorização do Estado - não pretende ficar apenas com as duas concessões, mas usar esse veículo para novas oportunidades.

A oferta pública de aquisição (OPA) da Bondalti à espanhola Ercros é “um passo decisivo para o desenvolvimento de duas empresas ibéricas com a dimensão e a capacidade financeira necessárias para superar os desafios que a indústria química europeia enfrenta”, diz o presidente da companhia industrial portuguesa ao Negócios. “Queremos ser um agente ativo da transição energética e de afirmação europeia e esta operação com a espanhola Ercros reforça o compromisso das duas empresas para investir continuamente em inovação e reforçar a sua competitividade”, acrescenta João de Mello.

Ainda no campo dos investimentos, pode ler na edição desta quarta-feira do Negócios a entrevista ao CEO do Banco Montepio, Pedro Leitão, que diz: "Não estamos no mercado para ir às compras". O banco atingiu em 2023 o resultado recorrente e os rácios de capital mais elevados de sempre, mas o objetivo continua a ser o crescimento orgânico. O regresso à distribuição de dividendos será feito de forma faseada. Sobre as eleições, diz ainda: "Nem todas as soluções que deram estabilidade foram maiorias".

Por falar em legislativas, estamos ao longo desta semana a publicar uma série de trabalhos dedicada às propostas dos partidos em cinco áreas. Hoje o tema é o trabalho: as matérias laborais, que justificaram parte do desacordo que levou à penúltima crise política (a de 2021) têm sido pouco abordadas no debate eleitoral. PS e AD podem discordar sobre trabalho nas plataformas, mas concordam com solução de litígios por arbitragem.

Nos mercados, ontem foi o dia dos recordes: para o ouro e para a bitcoin. No que diz respeito ao primeiro, Portugal é um dos países do mundo com maiores reservas do metal precioso que atingiu esta terça-feira o valor mais elevado de sempre (2.141,79 dólares por onça). São 382,6 toneladas que, mesmo sem mexerem, estão a valorizar. Já sobre a segunda, a bitcoin está a bater recordes e acumula desde o início do ano um desempenho superior às ações mundiais. O “rally” da criptomoeda, que mantém o ritmo vindo de 2023, tem contribuído para que os criptomultimilionários já tenham arrecadado mais de oito mil milhões de dólares.

E agora, um aviso: ainda existe fragilidade na banca dos EUA. Um ano depois da turbulência bancária norte-americana, centrada no colapso do Silicon Valley Bank (SVB), o setor ainda tem um calcanhar de Aquiles, ou melhor, uma “cauda” de instituições financeiras vulneráveis. O alerta é dado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) numa nota sobre estabilidade financeira intitulada: “O setor bancário desde a turbulência em março de 2023: navegar pelo rescaldo”.

Antes das despedidas, fique com um lembrete para amanhã. Os termos técnicos são, por vezes, um muro que se se ergue no percurso de empresários e gestores das pequenas e médias empresa (PME). Para os ajudar a ultrapassar este obstáculo, o Negócios, em parceira com a Nova School of Business Economics, vai disponibilizar gratuitamente, na próxima quinta-feira, 7 de março, o Glossário das PME, um dicionário de gestão para estas empresas.

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Boas leituras.