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Extrema-direita às avessas nas eleições europeias
23/05/2024 15:23

A Aliança para a Alemanha (AfD) excluiu Maximilian Krah, cabeça de lista nas eleições para o Parlamento Europeu, da participação em mais ações de campanha após os parceiros franceses e italianos da extrema-direita alemã terem posto fim à colaboração com o partido, anunciou quarta-feira, em Berlim, um porta-voz da organização.

A Convergência Nacional e a Lega per Salvini Premier, integrantes com a AfD do Grupo Político Identidade e Democracia no Parlamento Europeu, suspenderam terça-feira a colaboração com os parceiros alemães após Krah ter declarado que "quem envergou o uniforme das SS não era automaticamente um criminoso". 

Krah afirmou em entrevista publicada sábado pelo diário de Roma La Repubblica que "a culpa tem de ser avaliada a título individual. Quando a guerra acabou existiam quase um milhão de SS. Até Günter Grass [Prémio Nobel da Literatura 1999] era membro das Waffen-SS". 

O eurodeputado disse quarta-feira ao jornal berlinense Die Welt que as suas declarações "foram instrumentalizadas como pretexto para prejudicar o nosso partido", adiantado ter renunciado a "mais atos de campanha eleitoral e apresentado a demissão do conselho federal" em prol da unidade da AfD. 

Eleito para o Parlamento Europeu em 2019, Krah é oriundo da Saxónia – um dos cinco Länder da antiga República Democrática Alemã integrados na República Federal na unificação de 1990 –, defende posições racistas e nega a ocorrência de alterações climáticas, tendo estado envolvido em diversos escândalos políticos.

Krah foi suspenso por duas vezes, em 2022 e 2023, do Grupo Identidade e Democracia por apoiar a candidatura presidencial de Éric Zemmour em vez de Marine Le Pen e por suspeitas de corrupção.

Defensor das posições dos regimes russo e chinês, Krah foi confrontado em diversas ocasiões com alegações de recebimento de financiamentos de pessoas ligadas a Moscovo e o seu assessor Jian Guo, um alemão de origem chinesa, foi acusado pela Procuradoria Federal de Berlim, em abril, de espiar a soldo de Pequim.

Num congresso em Magdeburgo, em julho de 2023, Krah foi eleito por 65,7% dos delegados cabeça de lista da AfD às eleições para o Parlamento Europeu do próximo mês.

A AfD, que surge nas sondagens com 15% das intenções de voto expressou, entretanto, o desejo de continuar a cooperação com os demais parceiros no Grupo formado em 2019.

Além dos partidos de Le Pen e Salvini, o sexto maior Grupo do Parlamento Europeu com 73 deputados, integra o Partido da Liberdade da Áustria, os belgas do Interesse Flamengo, os checos da Liberdade e Democracia Direta, o Partido do Povo da Dinamarca e o Partido Conservador do Povo da Estónia.

O futuro alinhamento da Convergência Nacional e da Liga italiana pode levar à sua integração nos Conservadores e Reformistas Europeus, criado em 2009, quinto maior Grupo que congregava na última legislatura 69 deputados de 15 países.

O Chega pretende integrar o Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus em que participam os Irmãos de Itália, de Georgia Meloni, o Lei e Justiça, da Polónia, o Vox, de Espanha e os Democratas Suecos.

O cabeça de lista do Chega, Tânger Correia, afirmou em entrevista divulgada esta quarta-feira pelo jornal Público e a Rádio Renascença que será preciso "tentar ver pela via negocial como é que podemos alargar a base de apoio da chamada direita", admitindo a hipótese da fusão dos dois Grupos de extrema-direita e direita radical.

A nona legislatura do Parlamento Europeu contava com sete grupos políticos, sendo necessária à sua formação um número mínimo de 23 deputados e uma representação de, pelo menos, um quarto dos 27 Estados-Membros.

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