O que vai mexer com a sua carteira, a crise brasileira e a paz no seu Weekend
27/12/2024 07:01
Bom dia,
Depois de lhe darmos a conhecer os momentos mais marcantes do ano que agora termina, nesta edição especial mostramos-lhe o que pode esperar no novo ano. Há más notícias, mas outras nem por isso.
Comecemos pelas más. A subida real de rendimentos vai travar a fundo no próximo ano. Os rendimentos das famílias vão continuar a subir acima dos preços, mas muito menos do que em anos anteriores.
E isto apesar de o Orçamento do Estado para 2025 trazer um maior alívio nos impostos para as famílias, enquanto as pensões têm dupla subida, com a atualização normal e o adicional aprovado por proposta do PS.
A poupança, essa, regressará aos níveis dos anos da pandemia, muito acima do histórico, muito por causa da descida das prestações do crédito da casa, beneficiando da queda das Euribor, enquanto os inquilinos podem esperar aumentos das rendas até 2,16%.
As contas do mês vão subir, nomeadamente na alimentação: café, leite ou pão, são alguns dos bens que vão custar mais alguns cêntimos, enquanto a luz fica mais barata e o gás mais caro. No caso da água, os preços variam muito de município para município, mas deverão manter-se nos níveis atuais. Nas telecomunicações há preços mais altos, mas a concorrência da Digi também traz um travão às atualizações.
Ter carro vai custar o mesmo em termos de IUC, mas há boas notícias para quem quiser comprar um: o Governo decidiu não fazer qualquer alteração à fiscalidade sobre os automóveis, reduzindo até os impostos sobre os importados.
No combustível, a baixa da taxa de carbono é compensada pela subida do ISP, já nos transportes públicos os preços dos passes ficam iguais. As portagens ficam mais caras, ajustando à inflação, exceto as ex-SCUT que passam a ser gratuitas.
Se guiar até ao destino para alguns dias de descanso não terá um custo superior, passar algumas noites fora de casa vai ficar mais caro. E o mesmo deverá acontecer a quem quiser levantar voo: a sustentabilidade exigida à aviação promete passar fatura aos consumidores.
São muitas as mudanças que vão fazer-se sentir a partir do primeiro minuto de um ano que promete não trazer qualquer alteração ao problema dos preços da habitação.
Os preços das casas continuam em aceleração e Portugal tem mesmo o pior rácio de acessibilidade da habitação entre as economias das OCDE, surgindo num pequeno grupo de países que no pós-pandemia se têm mostrado incapazes de conter o ritmo explosivo do imobiliário residencial. A crítica é feita pelo FMI.
Comprar casa está a ser difícil para muitas famílias, mas também está a ser complicado para os investidores portugueses que têm dinheiro aplicado na maior economia da América do Sul, o Brasil.
As políticas orçamentais de Lula da Silva levaram a moeda do país, o real, a atingir mínimos históricos e o Ibovespa é dos poucos índices mundiais que apresenta um saldo negativo.
Enquanto os fundos de investimento fogem da crise brasileira, por cá a Oitante, responsável pela gestão dos ativos tóxicos do Banif, continua a conseguir bons resultados. De tal forma que depois de já ter pago 15,7 milhões de euros este ano, vai entregar mais 55,4 milhões ao Fundo de Resolução.
E porque hoje é sexta-feira, trazemos-lhe o seu Weekend.
Destacamos um trabalho sobre a paz. Num mundo cada vez mais conflituoso, a paz parece ser um bem escasso e muito frágil.
Nesta edição perguntámos a um militar, um filósofo, um ativista humanitário e uma psicóloga o que significa hoje esta palavra à luz das suas profissões.
E leia também a entrevista a Manuela Marques, artista e fotógrafa portuguesa com obras em várias coleções nacionais e internacionais, sendo uma presença regular em museus de todo o mundo.
Manuela Marques nasceu em Tondela, mas em 1967 foi para França com a família. Vive em Paris e lá testemunha os longos dias de caos político. Diz que tem de haver uma clarificação política em França.
"As máscaras estão a cair", diz. "Estou farta de votar na direita para lutar contra a extrema-direita. Estamos todos fartos de votar não por convicção, mas por prevenção, para que o pior não aconteça", desabafa, alertando que a realidade francesa já é também a portuguesa: "Portugal era visto como o país da exceção, agora já não".
Como vê, há muito para ler neste período entre o Natal e o Ano Novo. E não nos ficamos por aqui: mantenha-se a par da atualidade no site do Negócios e todos os dias, pelas 10h30, no canal Now, posição 9 do seu operador de cabo.
Tenha um excelente fim de semana.
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