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A ajuda do PRR ao excedente, um cluster automóvel ibérico e o Ano Novo chinês
27/01/2025 07:01

Bom dia e bom início de semana,

O alerta já tinha sido dado, mas agora a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) volta ao tema. O facto de a execução do PRR ficar abaixo do previsto é uma ajuda adicional para o excedente orçamental de 0,4% do PIB esperado para 2024. Na análise à execução orçamental até ao final de setembro, os peritos em finanças públicas afirmam que "os atrasos na concretização física de muitos projetos do PRR protelam a necessidade de financiamento com recurso à componente de empréstimos, o que, a concretizar-se, beneficiará o saldo".  Em causa estão os "atrasos significativos" na execução do PRR, diz a UTAO. No final do terceiro trimestre, a despesa financiada por subvenções e empréstimos representou apenas 35,3% do programado para o conjunto do ano passado.

Esta semana, em princípio na quarta-feira, dia 29, a Comissão Europeia vai apresentar o grande plano de resposta aos EUA para recuperar ou, pelo menos, não perder o caminho da competitividade. De acordo com uma versão preliminar do documento – Bússola para a Competitividade –, que vários jornais divulgaram este fim de semana, Bruxelas pretende um corte "sem precedentes" da burocracia europeia para facilitar a vidas das empresas. Outra ideia é favorecer as empresas europeias na contratação pública.

Esta segunda-feira, a habitual entrevista conjunta do Negócios e da Antena 1 com o líder da indústria automóvel. Helder Pedro da ACAP acredita que os fortes investimentos na indústria automóvel no país vizinho devem ser vistos como positivos para Portugal. O dirigente prefere olhar para o copo meio cheio e não meio vazio e defende uma forte cooperação com Espanha para criar um verdadeiro "'cluster' automóvel ibérico".

O novo ano chinês está à porta (29 de janeiro) e desta vez é a serpente quem faz as honras. O zodíaco chinês ensina que este signo está associado à sabedoria, uma característica essencial para enfrentar um ano em que, de Washington a Pequim, passando pela Gronelândia, a geopolítica será o centro das atenções nos mercados financeiros. Por outro lado, depois de um ano com valorizações expressivas nas ações, será difícil que 2025 consiga superar o ano do dragão.

O envelhecimento da população na Europa não tem, afinal, um impacto significativo nos mercados financeiros. A conclusão é de um estudo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), divulgado este domingo, que indica que só a partir dos 70 anos é que os investidores mudam de atitude, privilegiando ativos mais seguros como depósitos, obrigações, seguros de vida ou seguros de pensões voluntários.

Boas leituras (em papel, no site ou por via do Whatsapp do Negócios). De segunda a sexta-feira, pode ainda acompanhar o programa televisivo do Negócios no NOW, disponível na posição 9.