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Quebra de 26% nos lucros leva a pior dia em bolsa dos CTT em quatro anos
09/05/2025 12:23

É uma sessão verdadeiramente vermelha para os CTT. As ações dos Correios estão a afundar 12,95% na bolsa de Lisboa, para os 6,72 euros por título, tocando mínimos de menos de um mês. Durante a manhã, as ações chegaram a cair 13,21% para 6,70 euros, a maior queda durante uma sessão desde julho de 2021 - e a culpa recai nos resultados dos primeiros três meses do ano da empresa. 

Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, os lucros dos CTT mergulharam quase 26% para 5,5 milhões de euros, à boleia das eleições legislativas mais tardias do que em 2024. Isto porque, em época de ida às urnas, a atividade dos Correios tende a aumentar. Ora, em 2024, as eleições realizaram-se em março e ainda entraram nas contas do primeiro trimestre. Este ano, antecipa-se que as legislativas de maio impulsionem os resultados da empresa do segundo trimestre. 

Apesar da quebra de 1,9 milhões de euros nos lucros face aos mesmos meses do ano passado, as receitas dos correios nacionais aumentaram 25 milhões para 288,5 milhões de euros, à boleira sobretudo do crescimento dos serviços financeiros.

O EBIT dos Serviços Financeiros, onde se inserem os certificados de aforro e de Tesouro, mais do que duplicou e apresentou um crescimento homólogo de 125,9%.

Aliás, a corrida aos certificados de Aforro puxou por este crescimento. As receitas dos serviços financeiros também mais do que duplicaram e subiram até aos 12,5 milhões de euros, com a empresa a explicar que se deve "ao bom desempenho dos certificados de dívida pública", lembrando que o ano passado "ficou marcado por uma revisão dos limites máximos de colocação por subscritor".

"No curto prazo, o mercado parece focado na compressão dos resultados líquidos e no ritmo de conversão em 'cash-flow', mas mantém-se uma visão prudentemente construtiva para o médio prazo, suportada pela diversificação do negócio", diz ao Negócios João Queiroz, "head of trading" do Banco Carregosa, que destaca ainda a operação do Banco CTT, que, considera, "continua a apresentar promissores métricas de expansão e crescimento".

"Apesar da forte correção intradiária de -11,3%, os CTT mantêm um desempenho anual notável, com uma valorização de 26,85% acumulada em 2025 e 56,39% nos últimos 12 meses", assinala João Queiroz. "A ação negoceia com um rácio preço-lucro (P/E) de 20,6x, acima da média setorial", sublinha. Isto, acrescenta, "poderá refletir uma reavaliação do mercado quanto à resiliência do consumo e da procura por serviços logísticos e financeiros, num contexto de maior incerteza macroeconómica. Esta reação pode, assim, traduzir uma normalização de expectativas após um forte ciclo de recuperação".

 

Ao contrário da reação negativa dos investidores, não há, para já, reação por parte dos analistas. Apesar da quebra acentuada, os CTT ainda são a terceira empresa que mais sobe desde janeiro, e conta com uma valorização de 25,19%, ficando apenas atrás da Mota-Engil e do BCP.


Nota: A notícia não dispensa a consulta das notas de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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