Bosch reforça top 5 das exportações e faz juras de amor a Portugal
20/05/2025 14:05
A comemorar 114 anos de presença em Portugal, a Bosch mantém-se como a quinta maior exportadora nacional, com 97% da sua produção a ser vendida para mais de 50 países, tendo reforçado a faturação em 2024 para 2,4 mil milhões de euros, mais 14,3% do que no ano anterior, contrariando a evolução das receitas consolidadas do grupo alemão, que caíram 1,4% para 90,3 mil milhões de euros.
"Num ano marcado por um ambiente económico particularmente desafiante, a Bosch em Portugal conseguiu manter-se no caminho do crescimento e dar continuidade aos resultados positivos que tem vindo a apresentar nos últimos anos", afirma o presidente da Bosch em Portugal e Espanha, em comunicado.
As exportações das soluções produzidas nas fábricas da Bosch em Braga, Aveiro e Ovar, além do serviços prestados a partir do seu "hub" em Lisboa para o mundo, "representam 1,7% do total de exportações do país, o que se reflete no impacto de quase 1% do PIB de Portugal (0,87%)", salienta, apontando que, no mercado local, a empresa registou vendas consolidadas de 430 milhões de euros no ano passado, o que traduz um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior.
Para Javier González Pareja, o desempenho da subsidiária portuguesa do grupo germânico "é não só fruto da aposta que a Bosch está a fazer no país, trazendo o desenvolvimento e produção de tecnologia estratégica para o negócio da empresa, como também da resiliência, competência e dedicação" dos seus trabalhadores, os quais, enfatiza, "continuam a ser a força motriz" do sucesso da Bosch lusa.
Relativamente ao efetivo, a Bosch reporta que contava com cerca de 6.880 trabalhadores em Portugal a 31 de dezembro de 2024, menos 170 do que um ano antes.
"Esta ligeira redução no número de colaboradores da Bosch em Portugal está relacionada sobretudo com a transformação tecnológica e a alteração do portefólio de produtos, que em alguns casos se caracterizam por ter processos de produção mais automatizados", explica Javier González Pareja.
Uma redução que deverá acentuar-se depois de, já no último mês de 2024, a Bosch ter acertado a venda de uma área de negócio que abrange a fábrica de Ovar, que emprega cerca de 1.200 pessoas.
"Confirmada a venda da maior parte do negócio de tecnologia de segurança e comunicações da divisão Building Technologies à empresa europeia Triton, e que afeta esta unidade da Bosch em Portugal, a partir deste ano 2025, inclusive, os resultados desta área de negócio deixam de constar no volume de negócios local", ressalva.
Em termos globais, a Bosch encerrou 2024 com um efetivo de cerca de 417.900 pessoas, menos 11.100 do que um ano antes.
Já a unidade da Bosch em Lisboa, com atividade de negócios que a posicionam como agregadora de serviços de especialidade para o grupo a nível mundial em várias áreas de competências, "tem vindo a registar um crescimento consistente no número de colaboradores ao longo dos últimos anos, o que voltou a acontecer em 2024 em cerca de 20%", afiança a subsidiária portuguesa da multinacional.
"Para este crescimento, contribuiu também a equipa da Service Solutions, através da diversificação e expansão das suas operações e colaboração das equipas em diferentes projetos internacionais do grupo Bosch", nota, destacando que "da Service Solutions fazem parte, desde janeiro deste ano, cerca de 150 engenheiros do centro de I&D em Ovar que estão a desenvolver soluções para diferentes divisões da Bosch".
Já na área Soluções de Mobilidade, que é corporizada pela fábrica de Braga, a sua principal unidade em Portugal, a Bosch diz que está "a avançar com decisões estratégicas globais que visam o crescimento futuro deste negócio".
Com o objetivo de responder a este desafio, a Bosch em Braga "tem vindo a avançar com uma transformação gradual do seu portefólio de produtos, passando dos sistemas de ‘infotainment’ para soluções como computadores de bordo, câmaras e sensores", tendo em 2024 registado "um crescimento significativo de 18% relativamente ao ano anterior", realça, sem detalhar valores.
Para responder a esta tendência das inovações na área automóvel, "que acontecem cada vez mais através de ‘bits’ e ‘bytes’", a Bosch bracarense "tem vindo a adaptar e expandir o seu portfólio de produtos, com uma maior aposta no desenvolvimento de sensores de perceção e localização, sistemas de comunicação entre veículos e infraestrutura rodoviária, soluções para a monitorização dos ocupantes de veículos, aplicações para a mobilidade, entre outras tecnologias inovadoras que estão a moldar a mobilidade conectada e autónoma".
Também sem detalhar valores, a Bosch Portugal refere que a área de negócios de Energia e Tecnologia de Edifícios apresentou também um desenvolvimento bastante positivo no ano passado, "com a unidade de Aveiro a registar um crescimento de 14% quando comparado a 2023".
Esta unidade da multinacional no nosso país, assegura, "continua a reforçar a sua forte posição enquanto localização estratégica para a produção e desenvolvimento de bombas de calor dentro do grupo, prevendo-se uma continuidade nos investimentos tanto a nível de capacidade de produção como também da expansão do portfólio de produtos".
De registar, ainda, que relativamente à área de bens de consumo, englobando os eletrodomésticos e as ferramentas elétricas, a Bosch Portugal "registou uma significativa recuperação relativamente ao ano passado, tendo crescido cerca de 11%, contribuindo, igualmente, para os bons resultados no país", enfatiza.
Quanto a perspetivas para o ano em curso, "apesar de um ambiente económico exigente e dos desafios que os mercados enfrentam", a Bosch espera "manter uma evolução positiva" das suas atividades no país, enquanto a nível global "tem como objetivo um crescimento das receitas de vendas entre 1% e 3%".
"Portugal continua a ter potencial para se manter a crescer como um centro estratégico para a Bosch na Europa. Queremos impulsionar ainda mais a nossa capacidade de aproveitar as oportunidades do mercado em áreas que são estratégicas para a empresa e nas quais Portugal se tem vindo a destacar, como é o caso da mobilidade em Braga, das tecnologias para aquecimento de água em Aveiro, e na prestação de serviços a nível global para a área corporativa", reforça o presidente da Bosch em Portugal e Espanha.
Recorde-se que Javier Gonzalez Pareja assumiu a representação da Bosch em Portugal em acumulação com as funções que já detinha a nível ibérico, depois de Carlos Ribas e outros cinco altos quadros da Bosch Portugal terem sido afastados, no verão passado, alegadamente por terem cometido falhas graves na utilização de fundos europeus no projeto de inovação THEIA (Automated Perception Driving).
O administrador comercial aceitou um cheque de saída, enquanto os outros cinco, incluindo o então CEO da Bosch Portugal, Carlos Ribas, interpuseram ações de impugnação em tribunal contra o grupo alemão.
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