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Maria da Graça Carvalho: "REN está a fazer uma gestão mais conservadora da rede"
28/05/2025 12:20

Depois do apagão, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, considera que há lições a retirar para melhorar o sistema energético nacional. Mas avisa que o incidente não é caso único na Europa, nem no mundo, e não deve alimentar populismos ou críticas injustificadas às opções que o país tem feito ao nível da aposta nas renováveis.

Como reage a quem diz que o apagão se deveu a um excesso de renováveis na rede?

Este é um assunto muito sério e muito complexo. É preciso perceber em detalhe o que aconteceu e não saltar para conclusões precipitadas, nem fazer política energética acelerada. Isto já aconteceu em muitos outros países, que têm muito menos renováveis. Já aconteceu várias vezes nos Estados Unidos, em Itália, França. Tem muito mais a ver com a gestão da rede do que com as renováveis. Não estou a dizer que tenha sido esse o motivo, ainda temos de averiguar, mas na gestão da rede e do sistema elétrico tem de haver um balanço entre fontes intermitentes e não intermitentes. No entanto, há renováveis - como a hídrica - que não são intermitentes e podem ajudar a evitar que isto aconteça.

Há garantias que o apagão não volta a repetir-se?

Ninguém pode dizer que um novo apagão se pode evitar a 100%, mas há medidas de precaução. Muitas delas já as estávamos a tomar, porque sabemos que as redes são essenciais quando há sistemas críticos dependentes da eletricidade. Precisamos de muito mais controlo, resiliência, armazenamento, redundância. É por isso que a REN está a fazer uma gestão mais conservadora da rede, para não ligar de repente toda a capacidade de importação de energia com Espanha e haver um retrocesso. Daí a abertura gradual. A decisão é da REN, mas penso que em breve poderemos voltar ao cenário pré-apagão de importação de eletricidade. Até porque Espanha também está a ser muito cautelosa na gestão da sua rede. Ou seja, há uma muito menor probabilidade disso voltar a acontecer. A mais médio prazo vamos fazer os investimentos necessários nas redes elétricas, no armazenamento com baterias e no armazenamento hídrico. Pedimos à REN e à APA para estudarem um plano nacional de armazenamento hídrico com bombagem, pela quantidade enorme de barragens que temos no país. Já estava a ser pensado, mas agora vamos acelerar este plano.

No caso das baterias, os promotores já avisaram que poderão não ter os projetos prontos a tempo de receber o dinheiro do PRR.

Abrimos um concurso com perto de 100 milhões de euros para sistemas de armazenamento. Estamos a pressionar a Comissão Europeia para nos dar, pelo menos, mais uns meses, porque é essencial que possamos executar as verbas na totalidade, e ainda mais depois do apagão. Termos armazenamento de energia é importantíssimo para o nosso país.

O plano de investimento da E-Redes só prevê 20% de cerca de 1,5 mil milhões de euros para reforço das redes. O valor poderá vir a ser reforçado?

Estamos a analisar. Vai haver também um parecer da ERSE em relação a isso, mas o plano final ainda não tem o acordo do Governo. Com tudo o que se passa nas redes, o investimento tem que ser visto à luz do que aconteceu. Não estou a dizer que será reforçado, mas é algo que estamos a olhar.

Decidiu adiar os projetos dos leilões solares por mais 12 meses. Foi um pedido dos promotores?

Sim, porque não estão a conseguir terminar os projetos dentro dos prazos. É algo que temos de olhar, mas para isso é preciso um Governo com tempo e estabilidade. Ver o que é que no nosso país faz com que as coisas sejam tão demoradas. Precisamos que todos os processos sejam mais rápidos, mais simples e eficientes.

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